Um dia depois da reunião com o Ministério da Saúde, o dirigente sindical José Carlos Martins disse à Lusa que apesar de os primeiros três dias de greve terem sido desconvocados, mantém-se o pré-aviso de paralisação para os dias 15, 16, 17 e 18 de Junho.
Inicialmente, o sindicato emitiu um pré-aviso para iniciar a greve na quarta feira. Após a reunião com a tutela, os três primeiros dias foram suspensos, adiando para segunda feira uma decisão sobre os restantes quatro dias previstos.
Caso não saia consenso desse novo encontro negocial, no dia 15 estarão em greve os enfermeiros dos blocos operatórios e nos dias 16 e 17 todos os outros profissionais à excepção dos envolvidos nas cirurgias.
No dia 18 será a greve geral nacional, acompanhada de uma concentração junto ao Ministério da Saúde e manifestação até à residência oficial do primeiro ministro, prevê José Carlos Martins.
O dirigente disse ainda que o sindicato entregará ainda esta quarta feira a contra-proposta ao documento apresentado pelo Ministério da Saúde.
Em causa estão questões como a avaliação de desempenho, acordo colectivo de trabalho, regulamentação da carreira e grelhas salariais.
“Temos propostas de alteração e acrescento ao conjunto de princípios e uma clara oposição ao projecto de diploma sobre grelhas salariais”, refere José Carlos Martins.
Apesar da divergência de posições relativamente às grelhas salariais, o Sindicato admite que o Ministério não fechou “totalmente as portas a um acordo”: “Face ao contexto do país a margem nas questões salariais é reduzida, mas ainda há margem. E há outras matérias onde há franca abertura para se alterarem várias coisas”.