Nas eleições para o parlamento basco deste domingo, o Partido Nacionalista Basco (PNV), de centro-direita e crónico vencedor das eleições bascas, ficou à frente com 34,87% dos votos e 27 deputados, menos quatro do que nas eleições de 2020. Em sentido contrário surge a esquerda independentista o Euskal Herria Bildu (Reunir o País Basco), que obteve 32,16% e os mesmos 27 deputados. Menos de 30 mil votos separaram os dois partidos e o EH Bildu alcançou a vitória em duas das três províncias - Álava e Guipúzcoa - com o PNV a vencer apenas na de Biscaia.
O resultado volta a entregar o papel de fiel da balança ao PS basco, que reforçou com mais dois lugares a representação parlamentar, elegendo 12 deputados. À direita, o PP elege sete deputados, mais um do que em 2020 quando foi coligado com o Ciudadanos, e o Vox mantém o deputado único eleito por Álava.
Para a esquerda de âmbito estatal, o resultado só não foi pior graças à eleição de um deputado do Sumar também por Álava, com o Podemos basco a ficar fora do parlamento. Em 2020, este espaço político concorreu em conjunto na lista Unidas Podemos e tinha obtido seis mandatos.
O resultado permitiu a quase todos os partidos cantarem vitória na noite eleitoral, em especial no campo soberanista: o PNV por ter ganho as eleições e poder manter-se no executivo mais quatro anos, agora sob a liderança de Imanol Pradales, e o EH Bildu por ter alcançado o melhor resultado da sua história e ver um parlamento com 54 deputados nacionalistas num total de 75.
Quanto aos socialistas, mantêm no País Basco a influência sobre a governação graças ao melhor resultado desde 2012 e a nível estatal conseguiram inverter a tendência de derrotas iniciada nas eleições galegas, agora que se aproximam eleições na Catalunha em maio e as europeias de junho.