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Dirigente dos Sem Terra assassinado a tiro no Paraná

Foi assassinado a tiro no interior da região do Paraná, no Brasil, no passado fim de semana, o dirigente estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Ênio Pasqualin, depois de ter sido sequestrado em casa, divulga o Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
A presidente do PT e deputada federal, Gleisi Hoffman, afirmou que “há tempo a violência no campo é realidade no Paraná. Com a eleição de Bolsonaro e Ratinho Jr as coisas só pioraram” e acrescenta que “as ameaças de despejo são frequentes na Justiça e contra a vida de militantes, por parte de fazendeiros”.
Há tempo a violência no campo é realidade no Parana.C/ a eleição de Bolsonaro e Ratinho Jr as coisas só pioraram. Ameaças de despejo são frequentes na justiça e contra a vida de militantes, por parte de fazendeiros, também. Certos parlamentares endossam essa escalada de violência
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) October 25, 2020
Segundo um comunicado do MST, Ênio Pasqualin foi de coordenador de base a dirigente estadual do MST Paraná, participando em atividades e ocupações de terra na região de Rio Bonito do Iguaçu, local onde foi assassinado. Vivia no assentamento Ireno Alves dos Santos.
A nota relata que “Ênio foi retirado de sua casa por sequestradores na noite deste sábado, e seu corpo foi encontrado na manhã deste domingo nas proximidades do assentamento, com claras evidências de execução”.
O líder dos MST tinha cumprido 48 anos, no dia 15 de outubro e de acordo com a Direção Estadual do MST “tiraram a vida de um pai, de um marido, deixando suas duas filhas, o filho e a esposa com uma dor inexplicável e inaceitável”.
Ênio deu início a sua militância no MST em 1996 em Saudade do Iguaçu e no mesmo ano mudou-se para o acampamento Buraco, em Rio Bonito do Iguaçu, fazendo parte de uma das maiores ocupações de terra do MST, no dia 17 de abril de 1996. Neste dia, 3 mil famílias Sem Terra ocuparam o latifúndio da Giacomet Marodin, atual madeireira Araupel.
O MST refere que Ênio esteve sempre envolvido na luta pela Reforma Agrária, “seja no âmbito da produção e na organização dos assentados quando foi Presidente da Central de Associações Comunitárias do Assentamento Ireno Alves dos Santos (Cacia), ou quando ajudou os filhos e filhas dos assentados e assentadas a se organizarem para continuar a luta pela na extensa área da Araupel”.
A Direção Estadual exige “o esclarecimento dos fatos, a investigação e prisão dos envolvidos”.
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