Khalida Jarrar é dirigente da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) e deputada eleita do Conselho Legislativo Palestiniano. No passado dia 2 de abril, tropas de Israel assaltaram a sua casa, arrombaram a porta a pontapé, mantiveram o marido noutra sala e levaram-na presa.
No verão passado, Khalida Jarrar recebeu, das autoridades de Israel, a ordem de expulsão de Ramallah, onde vive e trabalha, para Jericó. A deputada palestiniana resistiu à expulsão para Jericó, montou uma tenda de protesto no tribunal do Conselho Legislativo Palestiniano em Ramallah, onde viveu e trabalhou até ser levantado o despacho de Israel, em 16 de setembro de 2014. "É a ocupação que deve abandonar a nossa pátria", declarou então a dirigente palestiniana.
Agora, depois de presa na passada semana, Khalida Jarrar é condenada administrativamente, sem julgamento, a seis meses de prisão, sob o pretexto de que violou a ordem militar de restrição dos seus movimentos na Cisjordânia.
Libertem Khalida Jarrar
Para além de deputada, feminista e dirigente da FPLP, Khalidad Jarrar é advogada e destaca-se na defesa de presos palestinianos. Preside ao Comité do Conselho Legislativo Palestiniano dos Prisioneiros, desenvolve também atividade no movimento das mulheres palestinianas.
Desde 1998, está proibida de sair da Palestina ocupada; em 2010, embora necessitasse de um tratamento médico na Jordânia, lutou durante meses numa campanha pública até conseguir finalmente o tratamento de que necessitava.
Atualmente, há 18 pessoas eleitas para o Conselho Legislativo Palestiniano presas por Israel. 9 desses representantes eleitos do povo palestiniano estão em prisão administrativa sem julgamento ou acusação.
Na Palestina e internacionalmente, foi reativada a campanha “Libertem Khalida Jarrar”, exigindo a sua libertação imediata.