Com o desemprego a aumentar, e salários e prestações sociais a diminuir, há cada vez mais famílias com dificuldades em assegurar o pagamento de serviços básicos e essenciais como é o caso da água, diz a DECO. A associação de defesa dos consumidores indica que está a ser cada vez mais contactada para resolver problemas relacionados com o corte do abastecimento de água.
A forma como os serviços municipais e empresas que gerem o sistema de abastecimento é bastante diferenciadas, refere o Jornal de Notícias, mas só em Aveiro, Braga, Coimbra, Lisboa, Olhão e Viana do Castelo, há mais de 3000 mil famílias que vêm a torneira secar todos os meses.
O quadro só não é mais preocupante, diz a DECO, porque vários municípios têm alargado o prazo de pagamento ou permitido o pagamento faseado.
Tribunal de Contas diz que contratos das águas de Portugal continuam a ser todos desfavoráveis para o Estado
Os contratos de concessão das águas de Portugal continuam a lesar os interesses do Estado, assumindo riscos que deviam pertencer aos concessionários, contrariando as recomendações do Tribunal de Contas.
O relatório desta instituição, divulgado esta terça-feira, refere que até à data em que foi concluído o trabalho de campo da auditoria (Março deste ano) não teve lugar qualquer renegociação entre o Estado e as empresas do grupo Águas de Portugal.
O Tribunal de Contas recomenda que os futuros contratos de concessão apresentem modelos em que o risco seja partilhado de forma racional, sustentável e equilibrada.