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Credit Suisse espiava a Greenpeace

O grupo ambientalista tem criticado o banco suíço devido ao seu apoio a investimentos que promovem os combustíveis fósseis, nomeadamente um mega-projeto de oleoduto no Dakota. E o Credit Suisse, revelou este domingo o jornal SonntagsZeitung, espiava as suas atividades.
Ativistas da Greenpeace irrompem na Assembleia Geral de Acionistas do Credit Suisse. Abril de 2017.
Ativistas da Greenpeace irrompem na Assembleia Geral de Acionistas do Credit Suisse. Abril de 2017. Foto: Greenpeace/twitter.

O ex-Chefe de Operações do Credite Suisse ordenou que a Greenpeace fosse infiltrada por pessoas ligadas a este banco. Como consequência, o grupo financeiro teve acesso a informação interna, como e-mails, de ações contra si.

Segundo o jornal suíço SonntagsZeitung, a decisão de começar a espiar os ambientalistas veio no seguimento de uma ação em 2017 na qual o grupo conseguiu perturbar a reunião anual de acionistas. Os ambientalistas protestavam então contra o apoio do banco à construção do oleoduto do Dakota, nos Estados Unidos.

Pierre-Oliver Bouee queria ter conhecimento de outras ações e manifestações. Por isso, terá ordenado ao chefe de segurança da empresa para desencadear a operação ilegal.

Não foi a primeira vez. Bouee acabou de ser despedido no passado mês de dezembro devido à vigilância de dois membros da direção da própria empresa. Agora, apanha também com a totalidade das culpas deste processo de espionagem. A empresa trata assim de desculpar o seu CEO, Tidjane Thiam, alegando que este não tinha conhecimento da espionagem. Depois dos casos, o banco vive uma situação de disputa de poder entre fações, com Thiam de um lado e o presidente da empresa, Urs Rohner, do outro.

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