"Quero deixar o meu contributo de uma forma algo pragmática e sem grandes concepções filosóficas. Até porque não tenho grande jeito para isso. Na prática, estas ideias, significam o modelo económico que eu mesmo preconizo para uma esquerda. A minha esquerda que possivelmente também será a de muita gente."
Exceptuando aqueles que seguem com mais ou menos coerência os ditames de "O Capital" de há 150 anos, a Esquerda contemporânea de uma maneira geral, caminha no sentido da "Social democratização" (embora por vezes tarde demais) preconizando modelos regulados de mercado livre, éticos e não corruptos. É pacifico entre os Portugueses de centro-esquerda, considerar que a economia de iniciativa privada deve ser o motor da nossa sociedade, com o Estado a deter participações estratégicas em sectores fundamentais, regulando e/ou apoiando as actividades com transparência, democraticidade, promovendo a igualdade de oportunidades. A ideologia e a forma de actuar marcam depois a diferença.
Tivesse havido uma Esquerda parlamentar politicamente mais inteligente, segura de si e menos elitista, estaríamos hoje num patamar mais dignificante. Lutas como o enriquecimento ilícito ou o combate à corrupção, seriam batalhas ganhas se exercidas desde o poder. Estou convencido que o País continuaria a respeitar os compromissos externos, a manter as jóias da coroa, a reformar e desburocratizar todo o sistema, e ao mesmo tempo fazer o fundamental: relançar a economia numa plataforma de confiança.
Rui Fialho - Évora