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Contra o "bloqueio" de Medina às progressões, investigadores dos laboratórios do Estado saem à rua

O protesto de investigadores de seis laboratórios do Estado pela abertura de concursos para progressão na carreira científica estará na quinta-feira junto ao Conselho de Ministros em Algés.
Laboratório
Foto de Paulete Matos

O decreto-lei de 2021 que regulamenta o regime de concursos internos de promoção a categorias intermédias e de topo das carreiras docente do ensino superior e de investigação científica expira daqui a três semanas. Mas na prática, os concursos continuam "bloqueados no Ministério das Finanças", apesar de terem luz verde das respetivas tutelas e "o respetivo cabimento e as vagas necessárias nos seus mapas de pessoal, sem necessidade de financiamento adicional por parte do Governo", denuncia à agência Lusa o presidente do Fórum dos Conselhos Científicos dos Laboratórios do Estado, Peter Jordan.

Ante a falta de resposta ou de autorização do Ministério das Finanças às instituições, os investigadores dos laboratórios do Estado vão protestar esta quinta-feira à porta do IPMA, em Algés, onde esperam chamar a atenção dos governantes a caminho da reunião do Conselho de Ministros.

Ao todo trabalham cerca de 600 investigadores no Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Insa), Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) e Instituto Hidrográfico (IH). A esmagadora maioria (85%) continua na base da carreira, "fruto do congelamento de concursos por parte dos sucessivos governos", apesar de muitos terem "20 a 30 anos de serviço" equiparáveis a carreiras superiores, acrescentou Peter Jordan, investigador do Departamento de Genética Humana do Insa e especialista no estudo do cancro colorretal.

Por exemplo, no seu instituto (Insa) deixou de haver quem esteja no topo da carreira desde que se reformaram os últimos investigadores-coordenadores. O concurso para a progressão de  de 23 investigadores para a carreira intermédia (investigador-principal) e de seis investigadores para a carreira de topo representa um custo salarial anual de 200 mil euros e está à espera de autorização desde abril. Mas no LNEC essa espera dura há cerca de um ano

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