O quarto Congresso do Partido da Esquerda Europeia (EE, EL na sigla anglo-saxónica) teve início nesta sexta-feira, com o discurso de abertura da Cayo Lara, líder da Izquierda Unida de Espanha, e a intervenção do vice-presidente da Bolívia, Alvaro Garcia Linera.
Na sessão de sexta-feira, intervieram ainda o presidente do PEE, o francês Pierre Laurent, e o presidente da Confederação Europeia de Sindicatos, o espanhol Ignácio Fernández Toxo.
Marisa Matias, eurodeputada do Bloco e vice-presidente do PEE, apresentou o documento político em debate no Congresso.
O PEE junta 33 partidos europeus, de dentro e de fora da União Europeia. 26 partidos são membros do PEE, entre os quais o Bloco de Esquerda, e sete partidos têm o estatuto de observador.
O Partido da Esquerda Europeia foi fundado em 2004, em Roma, onde decorreu o primeiro Congresso.
“Estamos num ponto de viragem da História”, salientam os documentos para o Congresso depois de sublinharem que o Estado social e os direitos laborais estão a ser desmantelados através de toda a Europa. Do mesmo modo que a xenofobia e o racismo crescem, agitando riscos de guerra, tal como a pobreza e a miséria se tornam avassaladoras.
“A crise ameaça destruir as conquistas sociais e culturais e prepara mais uma vez o terreno para as desavenças entre os povos”, denuncia o PEE. Mas “os povos resistem de Atenas a Lisboa”, acrescenta, o que representa um “motivo de esperança”. A Esquerda Europeia luta por uma “refundação da União Europeia, por uma nova definição dos seus objetivos, políticas e estruturas segundo um modelo económico, produtivo, social e ecológico baseado na solidariedade, justiça social, democracia, soberania popular, agindo ao serviço dos povos”.
A Esquerda Europeia declara-se internacionalista e solidária com o objetivo de “alcançar uma sociedade pacífica, a emancipação humana, a libertação do homem e da mulher de qualquer forma de opressão, exploração e exclusão”.