Está aqui

Colégios suspeitos de pressionarem alunos a defender contratos de associação

A Inspeção Geral da Educação e Ciência (IGEC) instaurou processo de averiguação a dois colégios, na sequência de denúncias de que estarão a pressionar alunos e famílias a participarem em ações de defesa dos contratos de associação.
A Inspeção Geral da Educação e Ciência investiga queixas de pais de “instrumentalização dos filhos” nas ações em defesa dos colégios com contratos de associação – Foto de ação de colégios na cerimónia de doutoramento "honoris causa" de António Guterres, Universidade de Coimbra, 22 de maio de 2016 – Foto de Paulo Novais/Lusa
A Inspeção Geral da Educação e Ciência investiga queixas de pais de “instrumentalização dos filhos” nas ações em defesa dos colégios com contratos de associação – Foto de ação de colégios na cerimónia de doutoramento "honoris causa" de António Guterres, Universidade de Coimbra, 22 de maio de 2016 – Foto de Paulo Novais/Lusa

Segundo o “Diário de Notícias”, a IGEC confirmou “processos de averiguações” ao Colégio Conciliar de Leiria e a outro colégio. O ministério da Educação não teve intervenção direta no desencadear dos processos, cuja iniciativa partiu da IGEC.

O Colégio Conciliar de Maria Imaculada de Leiria foi citado em notícia do Jornal de Leiria, em que eram citadas queixas de pais de “instrumentalização dos filhos”. O mesmo jornal dava conta de queixas do pai de um aluno do Colégio de Nossa Senhora de Fátima.

O ministério da Educação referiu ainda que "estão ainda instauradas averiguações noutro colégio", que, "por razões que se prendem com esta investigação em concreto, não é identificado”.

Luís Marinho do Movimento Defesa da Escola Ponto disse ao jornal desconhecer qualquer prova de abusos.

"Não temos nenhuns dados objetivos sobre o exercício dessas pressões. Não há ninguém com rosto que tenha dito que essas pressões tenham sido feitas por A, B, C ou D", disse ao DN e acrescentou:

"O que temos visto são comunidades inteiras que têm manifestado uma grande vontade de sublinhar as suas razões. Há muitos pais e muitas mães que levam os filhos para as manifestações. Está a falar com um deles".

O presidente da Confap (que defende os colégios privados) disse ao jornal "não ter informação" de casos "concretos" de pressão sobre famílias e alunos.

Albino Almeida, antigo presidente da Confap e atual presidente da Assembleia Municipal de Gaia, confirmou ter conhecimento de casos instrumentalização, "não em Gaia, onde não existem estes contratos". "Sei que a pressão sobre os alunos é feita, à medida que se convencem de que do lado do direito não têm razão", realçou ao DN.

Albino Almeida é um dos subscritores da petição "Em Defesa da Escola Pública que, já atingiu as 71.124 assinaturas, tornando-se na "maior subscrição entregue na Assembleia da República".

Termos relacionados Sociedade
(...)