Esta quarta-feira foi dia de greve na EDP, num protesto que juntou os sindicatos da Fiequimetal (CGTP), o SINDEL (UGT) e o SIEAP, o Sinergia e a Asosi (independentes). Centenas de trabalhadores vieram de todos os distritos para participar na concentração em frente à sede da empresa, em Lisboa.
Nos discursos dos dirigentes sindicais, destacaram-se as reivindicações comuns quanto à necessidade do aumento de salários e de pôr fim à estagnação das carreiras na EDP. E também o contraste com a atitude da administração face às reivindicações dos seus trabalhadores e as centenas de milhões de lucros que anualmente são entregues aos acionistas em dividendos.
Rogério Silva, coordenador da Fiequimetal, afirmou ainda que se podem seguir novas greves, agora dos trabalhadores das lojas e dos call centers, se a administração mantiver a sua intransigência. No final da concentração, como forma de protesto, os trabalhadores tiraram e juntaram centenas de capacetes de proteção, que usam habitualmente no trabalho.
A deputada bloquista Isabel Pires esteve presente na concentração dos trabalhadores da EDP, prestando a solidariedade do Bloco com os trabalhadores de "uma empresa que lucra milhões todos os anos e não valoriza os salários e as carreiras de quem faz a sua empresa".
Várias centenas de trabalhadores da EDP protestaram hoje em frente à sede da empresa. Um processo de luta que dura há alguns meses, juntando todos os sindicatos. Uma empresa que lucra milhões todos os anos, não valoriza os salários e as carreiras de quem faz a sua empresa. pic.twitter.com/Q9m1CCzah2
— Isabel Pires (@isabelruapires) January 24, 2024
Nas negociações com a administração, a Fiequimetal tem reiterado a proposta de aumento salarial de 170 euros para cada trabalhador, mas a administração recusa-se a apresentar uma proposta de tabela salarial. A federação sindical entregou também as 948 assinaturas de trabalhadores dos vários sectores da empresa na petição pelo fim da discriminação e o pagamento da remuneração por antiguidade a todos os trabalhadores.