O Bloco já tinha apresentado um requerimento no mesmo sentido, na passada segunda-feira, porém PSD e CDS-PP chumbaram o requerimento, pelo que o Bloco decidiu forçar a ida da ministra à AR, marcando agendamento potestativo.
Recorde-se que o processo de venda do BPN ao BIC foi conduzido pela então secretária de Estado das Finanças, Maria Luís Albuquerque.
Nos últimos dias, diversas notícias, têm vindo a confirmar algumas das críticas que o Bloco então fez a esta operação, de ser um “negócio de favor”.
Esta semana soube-se que, pouco depois de ter adquirido o BPN por 40 milhões de euros, a administração do BIC procedeu a uma distribuição de dividendos no valor de 40 milhões de euros (uma operação que estava proibida no acordo que celebrou com o Estado). Na verdade, os investidores angolanos e Mira Amaral provaram assim que adquiriram o BPN com dinheiro do próprio BPN.
Tem sido ainda noticiado que o BIC já exigiu 100 milhões de euros ao Estado, de processos judiciais para cobrir o crédito mal parado. O valor exigido pelo BIC poderá, no entanto, estar numa fase embrionária, prevendo-se que ainda possa subir muito até totalizar 1.000 milhões de euros.
