Estas posições foram assumidas por Pedro Filipe Soares no parlamento, após ter sido interrogado pelos jornalistas sobre o teor da proposta de voto apresentada pelo PS no sentido de a Assembleia da República se manifestar contra a possibilidade de a Comissão Europeia aprovar sanções contra Portugal.
"O Bloco de Esquerda já fez algumas sugestões ao PS para que o voto possa ter alguma alteração. Estaremos sempre ao lado da maioria que se levanta no país contra sanções absurdas de Bruxelas", declarou Pedro Filipe Soares.
O dirigente bloquista lembrou que, "já num passado recente" o Bloco de Esquerda se posicionou nesse sentido de repudiar eventuais sanções aplicadas por Bruxelas.
"Estaremos ao lado daqueles que votarão contra essas sanções aqui no parlamento. Acreditamos ser possível fazer com tranquilidade e naturalidade esse caminho até à próxima quinta-feira", sublinhou.
Instado pelos jornalistas a pronunciar-se em concreto sobre a proposta de voto dos socialistas, o dirigente bloquista escusou-se, no entanto, a fazer mais revelações.
Recapitalização é “prioritária”
No que diz respeito à possibilidade da Caixa Geral de Depósitos (CGD) ser recapitalizada, Pedro Filipe Soares considerou esse processo como "prioritário enquanto banco público".
"É essencial manter a CGD debaixo da alçada pública sem qualquer tipo de privatização parcial ou total. A CGD tem de ser um banco público, diferenciado dos privados e capaz de ajudar a economia a crescer e criar emprego", afirmou o líder parlamentar dos bloquistas.
Perante esta situação, Pedro Filipe Soares disse ainda ser fundamental "romper" com as políticas seguidas pelas anteriores administrações na Caixa tendo ainda acrescentado relativamente à eventualidade de haver um inquérito parlamentar que a "prioridade é a recapitalização pública da CGD".