Em conferência de imprensa, com Nuno Alves do Bloco de Marvila e João Bau deputado municipal de Lisboa, a deputada Helena Pinto apresentou o projeto de lei de suspensão do regime de renda apoiada (aceda ao projeto na íntegra) e denunciou que o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) vai aumentar as rendas para valores brutais, que chegam a significar mais 1.000%.
“É de uma insensibilidade social, a ministra [Assunção Cristas] decretar um aumento do valor a uma população já muito martirizada pela crise e que pode receber ordem de despejo” declarou Helena Pinto.
Segunda a agência Lusa, a deputada disse que os moradores não recusam aumentos, mas subidas que podem transformar rendas, por exemplo, de 80 euros em 800 euros.
O Bloco também já apresentou um projeto de lei para alterar o regime de renda apoiada (aceda ao projeto na íntegra), no qual prevê para cálculo do valor das rendas a dimensão do agregado familiar, os rendimentos líquidos e uma taxa de esforço máxima com despesas da habitação de 15%.
Em resposta aos argumentos do diretor do IHRU, como situações de fraude nos bairros, a deputada respondeu que o presidente do instituto tem todos os instrumentos para combater essas situações. “O presidente do IHRU não se pode queixar porque tem todos os instrumentos”, sublinhou Helena Pinto, acrescentando que cada fraude que é detetada tem de ser combatida.
Nuno Alves, do Bloco de Marvila, referiu ter exposto essa situação à associação de moradores daquela zona de Lisboa que lhe respondeu que o IHRU conhece as situações de casas não utilizadas pelos proprietários e que “em qualquer momento pode agir”.