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Bloco quer extinção total de subvenções vitalícias de políticos

O Bloco de Esquerda enviou esta sexta feira uma carta aos restantes grupos parlamentares “no sentido de apresentar à Assembleia da República uma proposta conjunta na qual se estipule que, no Orçamento do Estado para 2014 não haja nenhuma verba prevista para o pagamento de pensões vitalícias e que este pagamento seja totalmente eliminado”.
Foto de Paulete Matos.

“Naquilo que o Bloco de Esquerda insiste e que considera necessário é que face a uma situação em que vemos que a vida das pessoas está cada vez mais difícil e que às famílias são pedidos cada vez mais sacrifícios, não podemos continuar a pagar estas subvenções vitalícias e por isso propomos o corte total das mesmas e, ao fazê-lo, pedimos aos grupos parlamentares que se juntem a nós”, avançou o líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, em declarações aos jornalistas.

“Cremos que é o que deveria ter acontecido logo em 2005, assim o defendemos na altura, e insistimos agora nessa ideia, que parece ter, finalmente, feito o seu caminho”, frisou.

Segundo o dirigente bloquista, “não deve existir nenhum tipo de benesse, de valorização adicional, de regime de exceção para o desempenho de funções públicas. A ética assim o exige”.

“Um corte parcial não é suficiente. Em nome da ética republicana, em nome das famílias a quem têm sido pedidos tantos sacrifícios, não podemos aceitar que este regime de exceção continue”, reforçou Pedro Filipe Soares.

O Bloco, ainda que reforce “a importância de levar a voz da unanimidade à Assembleia da República”, contudo, não fica preso a essa unanimidade. Se os restantes grupos parlamentares não acompanharem a proposta, o Bloco defendê-la-á.

“Nós acreditamos que ela tem capacidade para ter uma maioria na sociedade que a sustente e que a pressão social para que ela seja provada será enorme”, asseverou o deputado.

Na carta endereçada à direcção de todas as bancadas parlamentares, o Bloco frisa que “os princípios éticos no desempenho de cargos públicos não podem ficar sob qualquer suspeita. A resposta mais forte na afirmação desses princípios é eliminar totalmente as subvenções vitalícias. Este é o desafio que a todos é colocado. No período orçamental que inicia já na próxima semana, a AR pode e deve assumir uma posição inequívoca sobre essa matéria”.

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