O Bloco respondeu à proposta socialista de as 35 horas de trabalho semanal entrarem em vigor de forma faseada até ao final do ano. Joana Mortágua, em declarações à Lusa, afirmou que não foi apresentado nenhum motivo para que o Bloco possa "propor outra coisa que não aquela que estava em cima da mesa, a reposição das 35 horas para todos os serviços, tendo em conta a negociação com os sindicatos, obviamente no tempo mais curto possível. Até agora esse tempo sempre foi apontado como 1 de julho”.
"Queremos ouvir argumentos, discutir e ter oportunidade para, na especialidade, trabalhar para decidir aquilo que melhor se adequa às nossas propostas iniciais e ao compromisso que temos com a reposição das 35 horas e com os funcionários públicos", disse a deputada bloquista.
"Estamos a trabalhar para que as 35 horas sejam para todos os trabalhadores e para que sejam feitas o mais rápido possível, dentro daquilo que os sindicatos considerarem que é enquadrável e aceitável", sublinhou Joana Mortágua, citada pela Lusa.
A deputada relembrou que, neste tema, sempre houve uma diferença de posição entre o Bloco e o Partido Socialista, "a nossa proposta já era diferente porque no âmbito do nosso projeto, ao repor as 35 horas, nós quisemos acabar com a desigualdade entre contratos individuais de trabalho e contratos de regime de função pública. Isso já era uma diferença substancial que tínhamos em relação ao projeto original do PS".
“A nossa posição base é conhecida: reposição das 35 horas para todos os trabalhadores da função pública, independentemente do vínculo, o mais rapidamente possível e em condições de igualdade entre si. Depois de ouvidas todas as razões desta discussão, vamos decidir o que faremos nesta matéria”, concluiu.