Bloco e PCP levam a censura das ruas ao parlamento

04 de outubro 2012 - 1:12

A Assembleia da República debate esta quinta-feira a censura ao governo, que já foi mais que demonstrada nas ruas, de norte a sul do país. As duas moções não contam com o apoio da direção do PS, que anunciou a abstenção. Bloco e PCP consideram que diante do “enorme aumento de impostos” anunciado por Vítor Gaspar, a censura tem ainda mais sentido.

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Para Jerónimo de Sousa, entrevistado pela TVI na noite de quarta, “a moção de censura tem um valor intrínseco, porque se trata de uma censura ao governo e à política que executa”. Para o secretário-geral do PCP, passados três meses da anterior moção de censura que o PCP apresentou, o clamor das ruas é cada vez maior.

Na opinião de Francisco Louçã, entrevistado na mesma ocasião, “a demissão de governo é a única forma de recuperar Portugal, de recuperarmos uma economia para o emprego”. E sublinha: “Este governo não tem nenhuma credibilidade, nem interna nem externa”. O coordenador do Bloco de Esquerda critica o PS, que anunciou a sua abstenção, depois de há pouco mais de dez dias ter admitido apresentar a sua própria moção de censura. Agora, “parece que o Partido Socialista quer que isto dure mais três anos. Daqui a três anos, o apodrecimento da situação económica seria irresponsável. Eu até espero que o PS possa reconsiderar o seu ponto de vista”, apela.

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