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Bloco diz que governo está a mais no país

Para Catarina Martins, depois de ver esta multidão na rua a dizer-lhe 'não', “um primeiro-ministro que tivesse um mínimo de dignidade política e pessoal não teria outro caminho senão demitir-se”. Para João Semedo, ficou demonstrado que “a `troika´ e o governo estão a mais no país”.
Catarina Martins: governo já não tem legitimidade e tem de se demitir.

Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, disse durante a manifestação em Lisboa, em que participou, que “um primeiro-ministro que tivesse um mínimo de dignidade política e pessoal, depois de ver esta multidão na rua, esta multidão que lhe diz 'não', não teria outro caminho senão demitir-se”. A deputada do Bloco sublinhou que a demissão do governo é a exigência de todo o país. “E ela terá de acontecer”, afirmou.

O também coordenador João Semedo, que esteve na manifestação de Lisboa ao lado de Catarina Martins, reforçou a conclusão principal que o Bloco retirou das manifestações, as maiores que o país já viu: “É preciso condenar esta política e dizer ao governo que tem de se demitir”, disse o deputado e médico, para quem a gigantesca mobilização “é um sinal claro de que a `troika´ e o governo estão a mais no país”.

Governo já não tem legitimidade

Para Catarina Martins, o mar de gente que se manifestou em todo o país “não se vai calar nem resignar” e está a dizer “que o governo já não tem legitimidade e tem de se demitir”. Por isso, sair à rua foi “esse gesto forte da democracia que reivindica o futuro e que diz ao governo que está na hora de ir para a rua”. A deputada e atriz reafirmou que a austeridade não só está a matar a economia como está a criar a maior crise social de sempre, e está a matar a democracia. “Mas os milhares e milhares de pessoas que saíram à rua para dizer não à troika, não ao governo, estão também a dizer que não desistem da dignidade das suas vidas, que há em Portugal, na Europa e no mundo um povo que não se resigna”.

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