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Bloco contesta "mega plano de prospeção de extração de minérios"
De acordo com as mesmas, “As emissões de partículas em suspensão constituem o poluente de maior relevo, a par do ruído e das escorrências que contaminarão os cursos de água devido à enorme quantidade necessária para a lavagem do próprio minério”.
“A escavação é a remoção de milhões de toneladas por ano de escombreiras para daí remover uma ínfima parte em minérios pretendidos, apenas a centenas de metros de distância de várias localidades dos nossos concelhos, terão como consequência inevitável a poluição do ar e dos recursos hídricos, situação que agrava devido os períodos de seca que atravessamos”, pode ler-se no comunicado, onde se afirma ainda que “as emissões de poeiras compostas (...) podem provocar doenças respiratórias”.
Os dirigentes locais do Bloco consideram que, caso o projeto avance, a vidas das populações será “um inferno 24 horas por dia todo o ano” e que os sistemas ecológicos e sistemas produtivos locais serão “gravemente afetados pela exploração mineira de grande dimensão”.
“Esta realidade é escondida na sugestiva campanha publicitária para o lítio português que abasteceria um mercado europeu de baterias de Iões-Li para carros elétricos”, pode ler-se.
De acordo com o mesmo documento, “os custos ambientais da extração do lítio não permitem dizer que se trata de uma tecnologia limpa”, já que “é altamente consumidora de água, energia, espaços naturais, e é poluente”. Para mais, “os riscos ambientais e sociais são elevados”.
Já na quarta-feira, Paulo do Carmo, presidente da Quercus, acusou o governo de estar a cometer um “erro grave” ao leiloar um território de milhares de hectares” a pretexto da exploração de lítio.
“Estamos perante um dos maiores atentados ambientais dos últimos anos. Se não pararmos este processo e esta fúria de Lisboa em termos de licenciamentos, muitos danos serão irreparáveis", afirmou numa conferência de imprensa.
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