A agressão ocorreu pelas duas da manhã, altura em que, nas ruas de Chicago, a caminho do metro, Smollett foi abordado por dois homens, que lhe terão perguntado “Não és aquele gay preto de Empire?”.
Os agressores, brancos e com máscaras, agrediram o ator, partindo-lhe uma costela. De seguida, puseram-lhe uma corda à volta do pescoço, tentando enforcá-lo, como a Ku Klux Klan costumava fazer durante o período em que assassinava negros impunemente. Atiraram-lhe lixívia para cima e, ao saírem, gritaram “Este é o país do MAGA” (“Make America Great Again”, slogan de Trump).
A comunicação social norte-americana afirma ainda que o ator recebeu ameaças há cerca de uma semana: “Vais morrer, preto filho da puta”.
A polícia de Chicago encontra-se, por isso, a investigar o episódio como um crime racial e homofóbico: “Dada a gravidade das alegações, estamos levando essa investigação muito a sério e tratando-a como um possível crime de ódio”, afirmou em comunicado.
Na série da Fox, Smollett interpreta o músico Jamal Lyon, filho de Lucious (Terrence Howard) e Cookie (Taraji P. Henson). Além de ser um jovem negro, a personagem é gay. O ator afirmou também ser gay nma entrevista dada a Ellen DeGeneres, em 2015, tendo ainda afirmado preferir manter a sua vida pessoal longe dos olhos do público.
Four years ago, @JussieSmollett came out on my show. I’m sending him and his family so much love today. ❤️
— Ellen DeGeneres (@TheEllenShow) January 29, 2019
Bernie Sanders já reagiu à agressão, considerando-a um "exemplo horroroso da emergente hostilidade para com as minorias pelo país" e dizendo que é necessário "erradicar o preconceito e a violência".
The racist and homophobic attack on Jussie Smollett is a horrific instance of the surging hostility toward minorities around the country. We must come together to eradicate all forms of bigotry and violence. https://t.co/2accVEJrCG
— Bernie Sanders (@SenSanders) January 29, 2019