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Aterro do Sotavento: Queixas da população chegam a Bruxelas

O aterro sanitário do Sotavento, no Algarve, está instalado sobre a bacia do Rio Guadiana. As denúncias de poluição de cursos de água são frequentes. José Gusmão e Marisa Matias endereçaram uma pergunta à Comissão Europeia sobre esta situação. 
Aterro do Sotavento. Fotografia: Associação Almargem

O aterro sanitário do Sotavento situa-se em Cortelha, concelho de Loulé, distrito de Faro. Aqui são depositados os resíduos sólidos urbanos dos concelhos de Faro, Olhão, São Brás de Alportel, Tavira, Vila Real de Santo António, Castro Marim e de Alcoutim, o que corresponde a cerca de metade da população do Algarve, sendo a outra metade canalizada para o aterro do Barlavento Algarvio, em Portimão. 

Inaugurado em 1998, o aterro do Sotavento está instalado sobre a bacia hidrográfica do rio Guadiana, em zona classificada como Reserva Ecológica Nacional. Há cerca de três anos, a empresa gestora avançou para a construção de uma nova célula enquanto o processo de licenciamento estava ainda a decorrer. 
 

Este aterro tem motivado diversas contestações da população bem como de associações ambientalistas, denunciando os maus cheiros e a contaminação dos cursos de água. A este propósito, recorde-se, por exemplo que, em 2017 e 2018, os lixiviados (líquido com grande carga poluente proveniente da biodegradação dos resíduos depositados) escorreram para a ribeira do Vascão, uma afluente do rio Guadiana. 

Esta situação é incompatível com o disposto na Diretiva-Quadro da Água. Por isso, Marisa Matias e José Gusmão questionaram a Comissão no sentido de aferir que medidas vão ser implementadas pela Comissão Europeia para instar Portugal a garantir o cumprimento desta legislação no aterro sanitário do Sotavento. 

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