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Assédio na Vigiexpert: Bloco chama ACT e sindicato ao Parlamento

Em resposta à pergunta do Bloco sobre a situação do trabalhador vítima de assédio, o Governo disse que a inspeção da Autoridade para as Condições do Trabalho não encontrou irregularidades.
Concentração em janeiro de solidariedade com o trabalhador vítima de assédio moral na Vigiexpert. Foto STAD/Facebook

O caso do trabalhador da Vigiexpert colocado a guardar lugares de estacionamento vazios durante a madrugada em frente à sede da empresa fez notícia há alguns meses, com o Sindicato dos Trabalhadores ds Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Doméstica e Atividades Diversas (STAD) a promover ações de solidariedade contra o assédio laboral. O trabalhador em causa tinha exigido em março do ano passado o pagamento das horas extraordinárias na nova escala de serviço e em resposta foi colocado em seis postos de trabalho diferentes.

O Bloco questionou o Governo em dezembro, quando a situação foi denunciada, apelando a que fossem tomadas medidas urgentes para proteger o trabalhador, nomeadamente com a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT). A resposta do Governo chegou finalmente na passada segunda-feira, com o Ministério de Ana Mendes Godinho a comunicar que "a ACT informou não ter detetado irregularidades no âmbito do regime da transferência de local de trabalho, bem como no tocante a assédio".

Perante esta resposta, o Bloco solicitou a presença da ACT no Parlamento. No requerimento apresentado esta quinta-feira, a deputada Isabel Pires considera "surpreendente" que a inspeção não tenha detetado a gritante situação de assédio e refere a importância de "esclarecer os fundamentos que justificam esta conclusão". O requerimento, que será votado em Comissão na próxima semana, prevê também a audição do STAD e dos representantes da Vigiexpert.

O sindicato reuniu esta semana com a empresa no Ministério do Trabalho, um encontro mediado pela DGERT. Em declarações à saída da reunião, o responsável pelo Sector da Vigilância Privada do STAD, Rui Tomé, informou que a empresa propôs reintegrar o trabalhador em troca de este assinar "uma declaração a assumir a responsabilidade pela situação causada pela própria empresa", o que o STAD recusou. A Direção Executiva do sindicato irá reunir em breve e, em face da ausência de resultados da reunião com a Vigiexpert, decidir as próximas ações em defesa do trabalhador vítima de assédio moral naquela empresa.

 

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