Está aqui
Arquivo do Diário de Notícias passa a ser tesouro nacional
Dois anos depois de um grupo de cidadãos ter enviado à Direção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas um pedido de classificação urgente do arquivo do Diário de Notícias “como património arquivístico protegido, com vista à sua salvaguarda, organização e futuro acesso público”, o Conselho de Ministros decidiu declará-lo esta quinta-feira “bem arquivístico de interesse nacional”, equiparando-o a tesouro nacional
Estes cidadãos, com Fernando Rosas como porta-voz e com a participação de elementos de vários setores entre os quais historiadores como Pacheco Pereira e Irene Pimentel, os ex-presidentes Jorge Sampaio e Ramalho Eanes, escritores como Francisco José Viegas e José Luís Peixoto e jornalistas como Adelino Gomes, Diana Andringa e José Pedro Castanheira, fizeram então o apelo dada a “excecional relevância histórica, cultural e cívica do acervo documental” e os “riscos de extravio, deterioração e até destruição que neste momento o espreitam”.
O arquivo do DN abrange milhões de documentos e fotos de valor histórico único que retratam o período entre 1864 e 2003. Nele constam artigos originais de Victor Hugo, Eça de Queirós, Ramalho Ortigão e de D. Carlos e ilustrações de Rafael e Columbano Bordalo Pinheiro, de Stuart Carvalhais e de Almada Negreiros. Passam a ficar protegidos os “bens arquivísticos e fotográficos custodiados, atualmente, pela empresa Global Média Group”, o arquivo administrativo, “o arquivo da redação”, “dossiers temáticos, recortes de imprensa, recortes de censura, desenhos originais de inúmeras individualidades” e também “património de natureza fotográfica incluindo “negativos de gelatina e sal de prata em vidro e em película, chapas de vidro históricas, provas em papel preto e branco e cor, bobines de microfilme e documentos eletrónicos”.
Adicionar novo comentário