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Área de floresta, pastagens e matos está a regredir em Portugal

De acordo com o INE, as áreas florestais perdidas no último triénio analisado não estão a ser repostas e estão a dar lugar a territórios artificializados, corpos de água e áreas agrícolas. Notícia publicada no Interior do Avesso.
Paúl da Serra, Madeira. Foto de Allie_Caulfield/Flickr.
Paúl da Serra, Madeira. Foto de Allie_Caulfield/Flickr.

O Instituto Nacional de Estatística publicou recentemente as Estatísticas de Uso e Ocupação do Solo referentes a 2018, baseadas na Carta de Uso e Ocupação do Solo (COS) produzida pela Direcção-Geral do Território (DGT).

De acordo com artigo do Público, as mesmas concluem que a floresta continua a ter “uma enorme expressão territorial em todo o território continental”, mas também revelam que a área ocupada por floresta, pastagens e matos está a regredir em Portugal, ao contrário do que se verificou de 2010 a 2015.

Duas das causas para esta regressão, já adiantadas no último Inventário Florestal Nacional (IFN&), divulgado em finais de junho de 2019 pelo Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, prendem-se com a “dinâmica própria dos ecossistemas florestais” e com as consequências dos “severos incêndios rurais de 2017 e 2018 (Monchique)”.

Os números que constam das estatísticas agora divulgadas são elucidativos: entre 2015 e 2018, as áreas florestais, de matos e de pastagens e as áreas agrícolas eram “as que apresentavam uma maior perda de área — entre 56 e 140 quilómetros quadrados”.

No entanto, no caso das áreas agrícolas, as perdas foram compensadas com 239,8 quilómetros quadrados de novas áreas, resultando num saldo positivo. O que não se verificou nas áreas florestais, de matos e pastagens perdidas, onde “a perda da área não foi compensada pelos novos 92,7 quilómetros quadrados, 14,1 quilómetros quadrados e 13,1 quilómetros quadrados afetos, respetivamente, a estas classes”. No geral, no caso das superfícies agro-florestais, registou-se “um saldo negativo de menos 9,3 quilómetros quadrados”.

O INE refere ainda que “a conversão de áreas florestais, de matos, agrícolas e de pastagens resultou em novos territórios artificializados”, ou seja, territórios onde coexistem habitações, espaços industriais, estradas, ferrovias ou aeroportos.

Notícia publicada no Interior do Avesso.

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