Morreram pelo menos mais três palestinianos esta sexta-feira e cerca de 250 ficaram feridos perto da fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel. Há cerca de 1500 feridos desde o início dos protestos. Palestina exige que a ONU reaja.
No total, de acordo com fontes oficiais palestinianas, já se registaram mais de 20 mortos palestinianos desde que os habitantes de Gaza iniciaram o protesto, a decorrer em seis pontos da fronteira, contra a colonização israelita e que se prevê terminar a 15 de maio, aniversário da criação do Estado de Israel, data que marca aquilo a que os palestinianos chamar “Naqba”, árabe para “catástrofe”, e que levou, um dia após a criação do Estado, à expulsão de 750 mil palestinianos das suas terras.
Nos confrontos registados esta sexta-feira, a violência israelita voltou a exercer-se, contando com tiros e uso de gás lacrimogéneo. Entre os feridos, encontra-se um fotojornalista da EPA (European Pressphoto Agency, que sofreu feridos ligeiros. Seis outros jornalistas, com coletes com a palavra “PRESS” impressos, foram atingidos por balas disparadas por snipers israelitas.
هل تعمد الاحتلال استهداف الشهيد المصور مرتجى.. وما هي المسافة التي كان يتواجد بها..؟https://t.co/KE34t6sNYa
— شبكة قدس الإخبارية (@qudsn) April 7, 2018
دعوات لأكبر وقفة للصحفيين، تنديداً باستهداف الصحفيين من قبل قوات الاحتلال وذلك غداً الساعة الـ5 عصراً شرق مدينة رفح. pic.twitter.com/FHIXcxeyG3
— شبكة قدس الإخبارية (@qudsn) April 7, 2018
Depois de o exército israelita ter dito através do Twitter que sabia exatamente onde caía cada bala, e de ter apagado o tweet após a publicação de um vídeo de um jovem a ser atingido pelas costas, os palestinianos responderam queimando pneus, provocando fumo que impedia o exército israelita de ver o outro lado da fronteira. Ainda assim, Israel prosseguiu no ataque.
للمرة الثانية.. واشنطن تحبط قرارا بشأن غزة بمجلس الأمن...https://t.co/pGBBNcz2F8
— شبكة قدس الإخبارية (@qudsn) April 7, 2018
Segundo o Ministério da Saúde em Gaza, já se registam cerca de 1400 feridos, e mais de metade devido a balas reais.
A ONU e a União Europeia pediram um “inquérito independente” à utilização por Israel de balas reais, pedido rejeitado pelo governo israelita. Neste momento, é a Palestina quem exige que a ONU tome posição.