Voltaram a ser várias centenas as vozes do orgulho que saíram às ruas de Braga. A XI Marcha LGBTQIAP+ decorreu este sábado à tarde numa organização da Braga Fora do Armário.
A diferença é que desta feita, quando iam iniciar a marcha, os ativistas depararam-se com a inexistência da escolta policial que seria necessária para desfilar pelas estradas da cidade. Face a isto, os organizadores esclarecem que a comunicação à Câmara Municipal foi feita e decidiram avançar na mesma mas subindo a Avenida da Liberdade a partir do Parque São João da Ponte pelo passeio. No final, reuniram-se no coreto da Avenida Central onde se ouviram testemunhos, tomadas de posição e palavras de ordem.
Bloco condena a invisibilização da marcha e quer explicações da Câmara
Em comunicado, o Bloco de Esquerda de Braga vinca que marcou presença “nesta iniciativa pela igualdade de direitos que juntou centenas de pessoas na cidade de Braga”, "condena a inviabilização" da iniciativa e pede explicações à Câmara Municipal uma vez que, tendo a organização comunicado “no tempo e termos devidos” a realização desta marcha isto “faz crer que a câmara não terá comunicado a realização da marcha às autoridades policiais, como seria da sua responsabilidade”. Assim, "ou houve negligência ou houve tentativa de boicotar uma marcha, que se realiza há onze anos em Braga, de forma pacífica. Em ambos os casos a iniciativa ficou bastante comprometida e sem a devida segurança", critica-se.
Assim sendo, o partido dirige ao executivo autárquico perguntas como: “a Câmara Municipal de Braga comunicou às autoridades policiais a realização da marcha LGBTQIAP+ de Braga? Em caso de resposta negativa, porque não o fez? Em caso de resposta afirmativa, quando foi feita essa comunicação? Como de justifica que não tenham sido desencadeadas as ações necessárias para assegurar a realização da marcha, designadamente a interrupção do trânsito?”