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Angola: Abel Chivukuvuku anuncia manifestações noutras cidades

A manifestação pela legalização do PRA-JA Servir Angola e contra o chumbo do Tribunal Constitucional encheu as ruas da capital angolana e decorreu sem incidentes. Abel Chivukuvuku anunciou que “depois de Malanje irei para Benguela, Cabinda, Lunda Sul e Zaire”.
Manifestação pela legalização do PRA-JA em Luanda a 19 de dezembro de 2020 – foto de Ampre Rogério/Lusa
Manifestação pela legalização do PRA-JA em Luanda a 19 de dezembro de 2020 – foto de Ampre Rogério/Lusa

Segundo o Folha 8, a manifestação teve a participação de milhares de pessoas, foi transversal a toda a sociedade e nela participaram políticos de vários quadrantes, incluindo da UNITA e do Bloco Democrático de Angola.

A marcha era contra a decisão do Tribunal Constitucional que recusou a legalização do partido PRA-JA Servir Angola e foi convocada pelo seu líder Abel Chivukuvuku.

À Lusa, Luís Valente, coordenador do PRA-JA no município de Luanda, declarou que o tribunal recusou a legalização do partido, apesar de todas as exigências legais terem sido cumpridas.

"Cumprimos com tudo que a lei emana. Demos as 32 mil assinaturas, que não é só esse pressuposto, dentre elas 4.500 já reconhecidas no notário, juntando que aquelas que o tribunal já aprovou, obviamente temos mais de 8 mil assinaturas e a lei só prevê 7 mil, mas o tribunal tomou decisão política não jurídica, eis a razão por que estamos aqui nesta marcha para repudiar o tribunal", disse.

No final da manifestação, que percorreu oito quilómetros e terminou na Maianga, no centro da cidade, Abel Chivukuvuku anunciou que a luta pela legalização do PRA-JA vai prosseguir.

“O PRA-JÁ existe e continuará a existir e vai concorrer com outros parceiros em 2022 [ano das eleições]. Na próxima semana, o nosso escritório de advogado vai levar ao tribunal nova documentação, com base na Lei 2/15 (Lei que estabelece os princípios e regras gerais da organização e funcionamento dos Tribunais da Jurisdição Comum), para levarmos de vencido o Tribunal Constitucional”, disse o dirigente político aos manifestantes, segundo a Lusa.

“Esta foi a primeira marcha, porque vamos continuar, vamos deixar passar as festas com serenidade, mas em Janeiro vamos retomar o programa sete/sete”, disse o dirigente político. Sete/sete é um programa de visitas semanais aos municípios da província de Luanda, que foram implementadas quando Chivukuvuku liderava a CASA-CE. “Vamos fazê-lo com cuidado por causa da pandemia, mas vamos demonstrar que as assinaturas estão nos bairros e estão connosco”, disse, e agradeceu o apoio de quem veio das províncias, dos jovens ativistas e de algumas forças políticas, nomeadamente o Bloco Democrático.

Abel Chivukuvuku anunciou ainda novas marchas a partir de janeiro, em Malanje, Benguela, Cabinda, Lunda Sul e Zaire.

 

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