A Confederação dos Sindicatos Marítimos e Portuários (Fesmarpor) diz estar a ser total a adesão à greve dos trabalhadores dos portos, que se prolonga até sexta-feira. O protesto foi convocado contra a “instabilidade que se vive no meio portuário nacional”. Segundo o presidente da Fesmarpor, que agrega cinco sindicatos do sector, “muitos trabalhadores estão sem salário e enfrentam um ataque às condições laborais”, mediante a vaga de insolvências que se tem vindo a registar no sector.
Em declarações à Lusa, o presidente da confederação garantiu ainda que os serviços mínimos vão ser acionados quando se verificar que existe essa necessidade. Alexandre Delgado, deu como exemplos para o acionamento dos serviços mínimos a necessidade de transportar materiais que possam ser mais sensíveis e se possam deteriorar.
“Provavelmente no decorrer do dia de hoje será possível encontrar consensos, chegar a compromissos e poder subscrever um termo que indicie a vontade de concluir positivamente este processo2, afirmou um dos estivadores do porto de Aveiro, ouvido pela TSF.
Um dos pontos que os estivadores querem combater é a generalização de contratos eventuais que na prática funcionam ao dia e que fazem com que um trabalhador tenha de estar sempre disponível para este trabalho.
Com a insolvência do empresa de trabalho portuário do porto de Aveiro, os estivadores dizem que é este o regime de trabalho que está a ser preparado para estes trabalhadores, ou seja, contratos ao dia, mal pagos e sem estabilidade.