4.000 milhões de pessoas sofrem severa escassez de água

25 de março 2016 - 16:10

Em artigo publicado na revista Science Advances, os pesquisadores Mesfin Mekonnen e Arjen Hoekstra mostram a grave situação da escassez de água no planeta. Por Tomi Mori.

porTomi Mori

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Os cientistas concluem que a questão da água é uma das principais neste século. Foto de Global Water Partnership - a water secure world.
Os cientistas concluem que a questão da água é uma das principais neste século. Foto de Global Water Partnership - a water secure world.

Segundo o estudo, 4.300 milhões de pessoas, 71% da população global, sofrem de moderada ou severa falta de água pelo menos durante um mês no ano. Desse total, 4.000 milhões, ou seja, 66% da população, vive severa falta de água em, pelo menos, um mês ao ano. Na Índia correspondem a 1.000 milhões e na China a 900 milhões desse total de 4.000 milhões de pessoas.

A lista de países com populações significativas a viver severa falta de água durante parte do ano inclui o Bangladesh, com 130 milhões; os Estados Unidos, também com 130 milhões, particularmente nos estados da Califórnia, Texas e Flórida; o Paquistão com 120 milhões; a Nigéria, com 110 milhões e o México, com 90 milhões.

O estudo esclarece também que uma parte significativa da população mundial, que varia entre 1.800 a 2.900 milhões sofre falta de água de quatro a seis meses ao ano.

Quinhentos milhões sofrem severa falta de água durante o ano inteiro, como na Índia, com 180 milhões; Paquistão, com 73 milhões; Egito, com 27 milhões; México, com 20 milhões; Arábia Saudita, também com 20 milhões e o Iémen, com 18 milhões.

Quinhentos milhões sofrem severa falta de água durante o ano inteiro, como na Índia, com 180 milhões; Paquistão, com 73 milhões; Egito, com 27 milhões; México, com 20 milhões; Arábia Saudita, também com 20 milhões e o Iémen, com 18 milhões.

Outros países, também, sofrem de severa escassez de água durante todo o ano, como a Líbia e a Somália, com 80 e 90% da população; Paquistão, Marrocos, Nigéria e Jordão com 50 a 55% da população.

Esses resultados, segundo os pesquisadores, mostram que a situação é mais grave do que se sugeria em estudos anteriores, cujas estimativas giravam em torno de 1.700 a 3.100 milhões.

Os cientistas concluem que a questão da água é uma das principais neste século.

Não faz parte do estudo, mas sabemos que essa situação deriva do aumento da população mundial. Devido ao consumo direto originado pelas necessidades básicas e, inclusive, extravagâncias, que já não correspondem à nossa época, como a proliferação de piscinas residenciais. Da manutenção de animais domésticos, seja para consumo em forma de bifes, presuntos e derivados; como também dos nossos adorados bichinhos de estimação, como gatos, cachorros e papagaios. Da agricultura e atividades como a mineração e a indústria com sua sede insaciável.

E recentemente, a criação humana das alterações climáticas, que também tem contribuído com o agravamento do problema.

O artigo, em inglês, que serviu de base a este, pode ser descarregado em formato pdf nesta página.

Sobre o/a autor(a)

Tomi Mori