O presidente norte-americano, que falava numa convenção de veteranos de guerra, disse que a retirada de grande parte das tropas dos EUA do Iraque, prevista até ao final do mês, vai ser cumprida, mas que a luta tem que continuar. "Ainda há pessoas, com bombas e armas, que vão tentar travar o progresso do Iraque", disse o presidente democrata. "A verdade é que ainda não chegámos ao fim do sacrifício americano no Iraque", acrescentou, citado pela Bloomberg.
A saída das forças armadas norte-americanas do Iraque cumpre a promessa eleitoral de Barack Obama, que foi uma das primeiras vozes a levantar-se contra a invasão do país, em 2003.
“Quando era candidato à presidência jurei pôr fim à guerra do Iraque de modo responsável. Pouco depois de ter assumido funções anunciei a nossa nova estratégia para o Iraque e uma transição total (do controlo do país) para os iraquianos”, indicou Obama num congresso de antigos combatentes em Atlanta (Geórgia).
O mês de Julho foi o mais mortífero no Iraque nos últimos dois anos, com 535 mortos, entre os quais 396 civis, disseram as autoridades iraquianas. Os números foram contestados pelo exército norte-americano, que indicou “222 mortos e 782 feridos”.
No entanto, Obama considerou que a violência no Iraque não é elevada e adianta que “no próximo mês” a missão militar norte-americana “vai passar do combate ao apoio e ao treino das forças iraquianas de segurança”.
“Estas tarefas são perigosas. E haverá sempre (pessoas) armados com bombas e balas que tentarão interromper os progressos do Iraque. A verdade, mesmo que seja difícil, é que o sacrifício norte-americano no Iraque não terminou”, reconheceu o presidente.
No final de Agosto, não ficarão no Iraque mais do que 50 mil soldados norte-americanos, contra 144 mil, quando Obama assumiu funções. De acordo com o plano de Washington, os últimos militares devem deixar o Iraque no final de Dezembro de 2011.