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"É preciso virar a página desta Europa do pesadelo"

Alda Sousa confrontou os eurodeputados com o "pesadelo" vivido pela sociedade portuguesa e o cinismo dos banqueiros para com as dificuldades das pessoas, sublinhando a vontade do povo em "tomar as ruas e praças do país para correr com a troika" no próximo dia 2 de março.
Alda Sousa interveio em Estrasburgo sobre o pesadelo da troika em Portugal.

"São 72 por cento os portugueses que já não conseguem pagar as suas despesas com o salário ou a reforma devido à diminuição das prestações sociais, ao aumento dos preços e da carga fiscal", denunciou a representante da Esquerda Unitária (GUE/NGL) eleita pelo Bloco de Esquerda. "A maioria empobrece para pagar os lucros da banca e vem um banqueiro, sem qualquer pudor, exigir que se aguente", acrescentou.

"Não somos todos iguais", advertiu Alda Sousa, mas "a diferença não está entre gregos e portugueses". Em Portugal e na Grécia, sublinhou, "há os que pagam e estão cada vez mais pobres e os que lucram com isso sem nada produzir; é preciso virar a página desta Europa de pesadelo" e para isso Alda Sousa apelou à mobilização para que em 2 de Março se encham as ruas e praças do país "para correr com a troika".

A eurodeputada do GUE/NGL denunciou também o "cinismo sem limites" do banqueiro português segundo o qual se os gregos aguentam os portugueses também porque "os gregos estão vivos". Isso é ignorar, sublinhou Alda Sousa, "que a Grécia está à beira de uma crise humanitária e que as taxas de suicídio não param de aumentar".

Alda Sousa - 2 de março: contra a Europa do pesadelo - 2013/02/04

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