Opinião

Francisco Louçã

Foi ontem divulgado um relatório do FMI sobre o futuro da economia portuguesa, coincidindo com o dia em que o ministro das finanças estava no Parlamento a apresentar o Orçamento para 2007.

Francisco Louçã

A apresentação do Orçamento de Estado para 2007 foi feita com uma novidade: uma muito celebrada pen drive que inclui as 493 páginas do relatório e do texto da lei. Ainda bem que o governo utiliza as tecnologias disponíveis. Mas quanto ao conteúdo dessas páginas, se há novidades, são más - e os factos desmentem as ideias erradas que o governo procurou espalhar acerca do orçamento.

Francisco Louçã

Dentro de uma semana, o Parlamento aprovará a proposta de convocação de um novo referendo para a descriminalização do aborto. Não é a primeira vez. De facto, esta mesma proposta já foi rejeitada uma vez pelo presidente Jorge Sampaio (que queria que só houvesse o referendo sobre a Constituição Europeia) e depois outra vez pelo Tribunal Constitucional (pela sua interpretação dos prazos da sessão parlamentar). Mas, agora, será aprovada na Assembleia, não há obstáculo do Tribunal Constitucional e o presidente Cavaco Silva deve marcar o referendo para Janeiro ou Fevereiro. É preciso ganhar esse referendo e vamos ganhá-lo.

Ana Drago

José Sócrates foi ao Parlamento debater a sua reforma da Segurança Social. Fez bem. Este é hoje um dos debates a que a sociedade portuguesa não deve, ou, melhor dizendo, não pode fugir.

Francisco Louçã

No início desta semana, o governo fez descair para os órgãos de comunicação social um muito aguardado relatório sobre a função pública. Embora ainda não se conheçam os detalhes das propostas desse texto, já foi tornada pública uma ideia espantosa: reduzir o número de trabalhadores dos serviços públicos na saúde e na educação.

Luís Leiria

O dia 22 de Agosto chegou ao fim, hoje já é 25 e o mundo não acabou.

Francisco Louçã

O governo anunciou um acordo de princípio para o envio de tropas para o Líbano. Mas condicionou a sua decisão final a quatro condições: uma nova definição do mandato da ONU, o compromisso de outros países europeus, a redefinição do dispositivo de tropas portuguesas no estrangeiro e finalmente a definição da missão militar em concreto. Acrescenta o governo: se se mantiver a actual resolução da ONU, não há condições para o envio dos soldados portugueses. Se os outros países europeus não enviarem contingentes substanciais, não haverá tropas portuguesas - mas o acordo de princípio está dado.

Luís Leiria

Derrotado no Líbano, o governo de Israel pode bem estar a preparar uma vingança sobre os palestinianos.

Francisco Louçã

Dois dias de cessar fogo efectivo são uma boa notícia para as populações libanesas ameaçadas pelos bombardeamentos israelitas, como para as populações árabes e israelitas de Haifa e de outras cidades que estavam a ser atingidas pela resposta do Hezbollah. De facto, as condições políticas para Israel prosseguir a guerra estavam a ser claramente enfraquecidas. Israel perdeu a guerra.

Luís Leiria

A SIC foi à base aérea israelita mais utilizada na actual guerra. De lá saem os caças F-16 que todos os dias despejam toneladas de bombas sobre o Líbano.

Francisco Louçã

Israel é o resultado de uma história trágica. O Holocausto e a perseguição nazi aos judeus impulsionou a imigração de populações perseguidas do centro da Europa para fora da Europa, e o decadente império britânico, com o francês, com a indiferença internacional, exilou estas populações e comunidades para Palestina, esperando criar uma zona de contenção e controlo no coração do mundo árabe. Israel nasceu assim no coração da guerra e definiu-se como um Estado em guerra. A guerra é a sua natureza.

Luís Leiria

Fevereiro de 2006: sentado num canto do palco, o homem mais rico do mundo e dono da Microsoft, Bill Gates, olhava embevecido para uma fila de ministros debruçados sobre uma mesa a assinar protocolos de cooperação entre o governo português e a empresa fabricante do Windows.