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Segurança Social encerrou 93 lares ilegais este ano

O Instituto de Segurança Social encerrou este ano 93 lares ilegais em resultado de 508 ações de fiscalização até ao final de setembro. Destes, nove foram encerrados com caráter de urgência por se ter considerado que colocavam em risco a saúde e a segurança dos idosos que ali residiam.
A notícia é dada hoje pelo Jornal de Notícias, que falou com João Ferreira, presidente da Associação de Apoio domiciliário de Lares e Casas de Repouso de Idosos. João Ferreira considera que a Segurança Social ignora a existência de muitos lares ilegais porque não tem respostas para os utentes em lares legais. Estima-se que existam até 35 mil idosos a viver em instalações ilegais. A maioria estarão concentrados na Grande Lisboa, entre Sesimbra e Sintra.
"Há zonas no país onde há lar ilegal casa sim casa sim", refere João Ferreira ao Jornal de Notícias. O representante da Associação de Apoio domiciliário de Lares e Casas de Repouso de Idosos considera que a Segurança Social ignora a existência de muitos lares ilegais porque não tem resposta para os utentes em lares legais. "O que acontece quando um lar deste tipo é encerrado por razões administrativas, sem que a Segurança Social encontre indícios de maus-tratos, é a deslocalização dos serviços para uma outra casa". "Afinal", prossegue o presidente da ALI, "os 30 dias que a Segurança Social dá para o encerramento de um espaço é mais que tempo para o proprietário arrendar uma outra casa e colocar lá os idosos, cujas famílias não têm capacidades financeiras para suportar os custos de um lar legal, muitas vezes sem vaga".
Em análise de dados cedidos pela Segurança Social, o Jornal de Notícias faz saber que no ano passado tinham sido encerrados 56 lares até julho, tendo o ano de 2018 visto o encerramento de 109 lares de idosos.
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