You are here
Polícia volta a reprimir protestos em Hong Kong
O protesto contra o governo e a sua lei que proíbe o uso de máscaras nas manifestações voltou às ruas de Hong Kong este sábado. Para contornar a proibição de manifestações, vários candidatos às eleições locais de 24 de novembro organizaram “encontros eleitorais”, confiando que a polícia não dispersaria agrupamentos com menos de 50 pessoas, que dispensam autorização.Milhares de pessoas acabaram por se concentrar em Victoria Park, com a polícia a intervir para tentar prender os manifestantes com máscaras e alguns dos candidatos promotores dos encontros.
LOOK: Tense moment as campaigners hold assembly inside #VictoriaPark; Riot police accuse them of illegal assembly & tries to disperse them. According to one bystander, the law allows assemblies inside park. @ABSCBNNews #StandWithHongKong#antiELAB #antimasklaw #5DemandsNot1Less pic.twitter.com/2js0FPXW2q
— Jefferson Mendoza (@myjeffersonian) November 2, 2019
O plano era prosseguir o protesto com uma marcha pelas ruas da cidade, mas foi dificultado pela repressão policial, com o disparo de gás lacrimogéneo. Voltaram a erguer-se barricadas nas ruas, com alguns manifestantes a responderem com cocktails molotov.
Também houve concentrações mais pacíficas noutros pontos da cidade, como um concerto improvisado que juntou vários artistas e “youtubers” famosos, para além de centenas de pessoas a entoarem músicas de protesto e slogans pró-democracia.
Hundreds waving their mobile phone torch light continue to gather in Tsim Sha Tsui's Park Lane as the pro-democracy music event carries on. Most shops have been closed but numbers of civilians and pedestrians are building up slowly. #HongKongProtests
Video: SCMP/Mimi Lau pic.twitter.com/KrL4JY9NMe
— SCMP Hong Kong (@SCMPHongKong) November 2, 2019
O protesto e repressão que se seguiu deixou o habitual rasto de destruição no centro da cidade, obrigando ao encerramento do comércio e da Estação central ferroviária e várias estações de metro. Vários estabelecimentos e instituições com ligações à China, incluindo a agência de notícias Xinhua, foram vandalizados ao longo da tarde de sábado.
Por entre tantas cenas de violência, o momento mais caricato da tarde foi relatado pelo South China Morning Post, quando um deputado opositor a Pequim, Ted Hui Chi-fung, usou um megafone para pedir calma à polícia. A resposta surgiu por parte de uma agente policial, também com megafone, a apelar aos manifestantes e jornalistas para terem cuidado com os seus telemóveis, porque “Hui anda por aí e pode roubar o vosso telefone”, referindo-se à condenação do político por ter roubado o telemóvel de um funcionário do parlamento, alegando estar convencido de que este o estaria a espiar.
Add new comment