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“As pessoas que têm mais conseguem esconder tudo e não pagar impostos”
“A lei, tal como o governo a pensou, não foi debatida connosco”, afirmou aos jornalistas a dirigente bloquista, tendo referido que “o Bloco sempre defendeu que era importante acabar com o sigilo bancário para combater a fraude e a evasão fiscal, principalmente nos valores muito avultados”.
Catarina Martins sublinhou que em Portugal “as pessoas que não têm quase nada e querem recorrer a uma prestação social para acudir até aos seus filhos são obrigadas a mostrar todas as usas contas”. E acrescentou: “As pessoas que têm mais, na verdade conseguem esconder tudo e não pagar impostos”.
A dirigente bloquista disse ainda que “vivemos num país em que as mil famílias mais ricas, segundo responsáveis da própria Autoridade Tributária, não pagam impostos. Temos um problema com a fuga, a fraude e a evasão fiscal que o Bloco acha que deve ser combatido”.
No que diz respeito à possibilidade de mais reformas e apoios sociais, a dirigente bloquista sublinhou que o seu partido está a negociar o Orçamento de Estado para 2017 “com o objetivo de recuperar os rendimentos das pessoas que têm menos”.
Confiança num entendimento
“Isso começa com a subida do salário mínimo nacional que em janeiro terá de ser de 557 euros. O fim completo da sobretaxa no Orçamento do Estado para 2017 é também um caminho necessário”, referiu, tendo ainda afirmado que “temos de voltar a ter progressividade nos escalões do IRS e precisamos seguramente de aumentar as pensões. E para aumentar as pensões de cerca de 600 euros é preciso cobrar a quem mais tem, para pagar a quem menos tem”.
Catarina Martins disse acreditar que será possível “um entendimento” nas negociações para este orçamento.
No que diz respeito à posição sobre o fim dos Comandos, na sequência da morte de dois militares, Catarina Martins recordou que esta é uma posição “conhecida” e "muito antiga”.
Desta forma, a dirigente bloquista reafirmou a defesa do fim dos comandos tendo sublinhado que “não é aceitável” que não se saiba o que aconteceu.
“Queremos todos saber o que aconteceu”, rematou.
Comments
A evasão fiscal é tão grave
A evasão fiscal é tão grave como a corrupçcão dos políticos e do Estado.
Se pretendem acesso às contas bancária, que concordo, também devem tornar todos os contratos públicos transparentes e de acesso público( contratos PPP).
A transparência exige que todos os actos públicos sejam escrutinados com excepção dos acordos internacionais e de segurança do País
Bolsa - acções
Estou plenamente de acordo e mais, na BOLSA DE CAPITAIS, alguém se preocupa com a origem do dinheiro que gira por lá? Não terá a Autoridade Tributária e Aduaneira, fiscalizar também quem tem acções acima dos 50.000 Euros, como vai acontecer com as contas bancárias ???
Acho ridículo haver este controlo acima dos 50.000 euros, quando na realidade é o Ministério da Finanças e o Governo, que autorizam os grandes grupos a ficarem isentos pagar impostos num montante anual de biliões!!! Se a Lei o assim permite, alterem esta Lei, porque não é justa, concerteza que foi feita a favor de interesses corruptos.
Combater a fraude e a evasão fiscal
Será que uma pessoa que amelhou algum dinheiro pensando na velhice e na doença, já não pode ter uma quantia superior a 50 mil euros? Tinha um familiar com uma doença grave e o seguro de saúde avisou que havia um limite!!! Infelizmente acabou por morrer uma jovem com 39 anos,não por falta de tratamentos. Eu dava todas as minhas economias...
Uma grande lição da natureza é que para colher é preciso semear. E não só, semear, regar, podar, etc...
Vou passar a viajar , a gastar...economizar para quê?
Vejam as fundações.....há auditorias?'?? E as famigeradas rendas que foram contractuadas com o Estado?
E os edificios abandonados e o pagar-se rendas.... A palavra poupar deixou de existir na AP, foi substituida pela palavra
gastar e agora vais atingir todos. Vamos é gastar, gastar....
Cara Maria, quem poupa
Cara Maria, quem poupa dinheiro do seu salário, heranças, rendimentos prediais, etc, tem todos esses rendimentos declarados ao fisco, até em certos casos com retenção na fonte. Não podem por isso voltar a ser taxados, nem tal teria sentido. Quem acumula dinheiro sem declarar a sua proveniência é que estará (e bem) sob a alçada do fisco com o fim do sigilo bancário, como hoje sucede em qualquer país civilizado... Só em Portugal é que temos "empresários" com casas e carros de luxo a declarar o salário mínimo.
Vejo por aí muita gente
Vejo por aí muita gente irritada com o fim do sigilo bancário para o fisco nas contas com saldo acima dos 50 mil euros. Parece que não percebem que o fim do sigilo é o único meio de verificar se os rendimentos estão ou não a ser declarados como devem. Ou será que até percebemmase acham que fugir ao fisco também é de esquerda? Santa paciência...
Eu acho que o Bloco pensa que
Eu acho que o Bloco pensa que todos os que têm dinheiro fogem ao fisco. Há muitas formas de ganhar dinheiro, seja por herança, distribuição de dividendos, lucros de investimentos, valorização de património, salários, prémios, etc. Todos pagam impostos, taxas e taxinhas antes de chegar às contas bancárias. Porque razão querem saber quanto uma pessoa tem de poupança? Com que direito se invade a privacidade de uma pessoa com o intuito de saber se ela foge aos impostos? Parece que quem tem dinheiro é sempre culpado de alguma coisa. Voltámos ao tempo das ditaduras Nazis ou Bolcheviques em que se invadiam casas, levavam-se para interrogatórios e prendia-se sem motivo. Para o Bloco a democracia serve apenas os interesses de alguns e para retirar os direitos de liberdade das pessoas conquistados no 25 de abril de 1974.
"Todos pagam impostos, taxas
"Todos pagam impostos, taxas e taxinhas antes de chegar às contas bancárias". Escreveu isto sem se rir? Essa é a piada do dia! E a seguir ainda pergunta "Com que direito se invade a privacidade de uma pessoa com o intuito de saber se ela foge aos impostos?". Saiba que isso é lei e prática comum nos EUA, esse baluarte do nazi-bolchevismo que o Miguel agora descobriu.
Caro(a) Lopes,
Caro(a) Lopes,
Tem que se informar melhor. Saber a proveniência do dinheiro não significa saber quanto lá tenho. Talvez agora não lhe apeteça rir tanto. Nem os meus pais alguma vez me perguntaram quanto dinheiro tinha poupado. Sim, poupado. Porque aparentemente o Bloco já se prepara e sem vergonha, para taxar quem poupa, "Mariana Dixit". Bolcheviques, não obrigado.
"Mariana Dixit"? Ora veja lá
"Mariana Dixit"? Ora veja lá a intervenção dela para ver se ela dixit ou não dixit... O único a falar em "poupanças" é o Miguel, ela fala de rendimentos milionários não declarados que devem ser taxados, como aliás já acontece em muitos países, a começar pela ditadura bolchevique norte-americana que dá tantos pesadelos ao Miguel... A intervenção está aqui: https://www.youtube.com/watch?v=kNUB3yp3Gfk
Agradeço o link mas já não
Agradeço o link mas já não tenho vontade de (re)ver tanto disparate.
Como é possível?
Para que precisam os muito ricos de se preocupar com a justiça fiscal, se têm sempre quem os defenda, seja por ignorância,seja por cegueira ideológica. Noruega, França, Itália, só para citar alguns, são países onde não há sigilo bancário. Na Noruega até as declarações de rendimentos são públicos. Pois é, nazis bolcheviques do caraças.
As grandes fortunas acabam
As grandes fortunas acabam por sair do país por causa dessas politicas e acabam por prejudicar toda a economia.
Quem gera riqueza e emprego não é o estado, não são os pobres.... mas sim as pessoas que têm dinheiro, são essas que criam postos de trabalho.
Os políticos e os banqueiros não são punidos pela gestão danosa, muitos provavelmente têm contas fora de portugal, recebem dinheiro bastante duvidoso, a justiça só funciona para alguns.... o exemplo devia vir dos senhores e talvez a cultura do "chico esperto" um dia desapareça...
SIGILO BANCÁRIO
É certo o que diz Catarina Martins, como justa é a iniciativa parlamentar relativa ao IMI. Mas a questão de fundo permanece: os que 'tudo têm' e 'nada pagam' passam por isso como o vento pelos pingos da chuva. O 'sigilo' nos Off-Shores mantém-se, os Fundos Imobiliários impedem o controlo de situações aberrantes relativas ao Património, para não falar pelos que optaram pelo Património Virtual da Especulação Bolsista na vez do Cimento. 'Que fazer?'... Julgo que a resposta já foi dada há 100 anos por um senhor que fez a mesma pergunta: o Capitalismo não é reformável como modelo de não-exploração intensiva do trabalho. Na primeira oportunidade, mesmo Keynes foi deitado borda fora. Esta é a questão substantiva. O mais, por mais justo e louvável que seja, se perder de vista o fim e achar que 'o movimento é tudo' (à maneira de Bernstein), de facto pode ser a 'salvação' de um modelo neofascista mundial, mas ao que não dará origem, de certeza absoluta, é a um modelo social e económico que esbata a obscenidade das diferenças e sequer não retroceda no primeiro instante: os desníveis sociais hoje - dizem-no 'insuspeitos economistas' - retrocederam às desigualdades abissais da 'Belle Époque'. Por isso, sem desmerecer as medidas, que nunca se perca de vista que a política não pode ser uma 'medicina paliativa' para os 'estados terminais' dos modelos de abuso e descontrolo do próprio sistema. Em política as medidas são - só podem ser - 'meios' e não 'objectivos'. Confundir uma coisa com a outra resulta em capitulação.
Ou como diz Mortagua "ir buscar o dinheiro onde ele está"
O desvario está no auge. Se os ricos conseguem tirar o dinheiro para onde querem e nao pagar impostos que sentido faz tributar mais. Só pode cair em cima dos que não são ricos para fugirem aos impostos . Isto é : São parvos ou querem-nos fazer ?
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