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Combate a alterações climáticas precisa de novas lógicas e capacidade de decisão do Estado

Maria Manuel Rola pensa ser necessário “incorporar novas lógicas e uma efetiva capacidade de decisão do Estado” para lidar com alterações climáticas. A deputada questionou o Ministro do Ambiente e Transição Energética sobre impacto ambiental das monoculturas intensivas, problemas da falta de água e condições da exploração do lítio.

A antecipação do encerramento das duas centrais a carvão do país tinha sido defendida no Parlamento há cerca de cinco meses pelo Bloco. Maria Manuel Rola felicitou a inclusão desta medida no programa de governo.

No entanto, acrescenta, outras discussões onde houve acordo de princípio à esquerda não foram “vertidas” neste programa do governo. É o caso da necessidade de Avaliação de Impacto Ambiental dos “largos hectares sucessivos de monoculturas intensivas”. “Existe calendarização para a promoção do regadio. Para as medidas essenciais de prevenção, não”, sublinha.

Outra questão dirigida ao Ministro foi sobre “os crescentes problemas de falta de água”. Para a deputada “não se entende” que “não se aposte num outro plano para responder à gestão da água, nomeadamente retomando a existência de uma autoridade para que se devolva autonomia financeira e de gestão às Administrações das Regiões Hidrográficas”.

Maria Manuel Rola questionou ainda sobre se a“celeuma levantada à volta do lítio” não fez este governante “pensar nos problemas enunciados”, se este não considera que “para este setor estratégico não faria sentido a gestão pública”, “não lhe parece estranho” que seja legal que a entrega da exploração a uma empresa “criada com três dias de existência”. E se o governo não retira conclusões sobre a legislação de impacto ambiental atual “que desprotege o país e os recursos.”

Concluindo que “estes assuntos não podem continuar a ser tratados com leviandade”, a deputada terminou a sua intervenção afirmando a disponibilidade do Bloco “para que estas propostas se tornem realidade daqui a cinco meses” e rematou que “o combate às alterações climáticas tem que incorporar novas lógicas e uma efetiva capacidade de decisão do Estado”.

 

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