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Ciclone Idai provoca desastre humanitário em Moçambique
O ciclone afetou o Malawi, Moçambique e Zimbabué, fazendo dezenas de vítimas mortais já confirmadas nos três países. Enquanto as equipas de resgate ainda tentam alcançar a população que consegui escapar às torrentes de lama em Moçambique, o presidente do país afirmou esta segunda-feira que o número de mortos pode ascender a mais de mil.
Helikopter-Aufnahme von Rotkreuz-Teams: Die Hafenstadt #Beira in #Mosambik ist nach Wirbelsturm #Idai größtenteils zerstört. Defektes Kommunikationsnetz u. anhaltende Überschwemmungen erschweren die Rettungsarbeiten. #CycloneIdai #RedCross @IFRCAfrica @ifrc pic.twitter.com/hF4x8J2HOV
— Rotes Kreuz / DRK (@roteskreuz_de) 18 de março de 2019
“A situação é terrível. A escala de devastação é enorme. Parece que 90% da área está totalmente destruída”, afirmou Jamie LeSueur, coordenador da equipa de resgate da Cruz Vermelha na cidade da Beira, a segunda cidade do país com cerca de meio milhão de habitantes.
Com as estradas destruídas, o acesso e resgate à população faz-se de helicóptero, lançando víveres sobre os aglomerados de gente que se salvou das inundações subindo aos telhados das casas. “A Beira foi gravemente afetada. Mas já ouvimos dizer que a situação fora da cidade é ainda pior. Ontem, uma grande represa rebentou e cortou a última estrada para a cidade”, acrescenta o relato de LeSueur, que lidera uma das primeiras equipas de socorro a chegar ao local.
Apesar do ciclone já ter passado, as chuvas fortes que se continuarão a fazer sentir tornam mais difícil avaliar todo o impacto desta tragédia climática que se abateu sobre a região.
Para a representante especial do Secretário-Geral da ONU para a redução de riscos de desastres, a japonesa Mami Mizutori, o ciclone Idai “é uma prova clara da exposição e vulnerabilidade de muitas cidades e vilas construídas ao nível do mar à medida que o impacto das alterações climáticas continua a influenciar e desfazer os padrões meteorológicos normais”.
“Cyclone #Idai is a clear demonstration of the exposure and vulnerability of many low-lying cities and towns to sea-level rise as the impact of #climatechange continues to influence and disrupt normal weather patterns.” - @unisdr special rep. https://t.co/MtcP3bn14D #Resilience pic.twitter.com/dGVNBjAYRm
— UN Climate Change (@UNFCCC) March 18, 2019
Toda a região da Beira encontra-se há vários dias sem eletricidade. Com a subida do nível das águas na cidade e arredores, várias estações elétricas ficaram submersas e os ventos do ciclone derrubaram muitos postes de eletricidade, pelo que a empresa nacional EDM não prevê para breve o restabelecimento da energia. O mesmo destino tiveram as torres de telecomunicações das três operadoras (Tmcel, Vodacom e Movitel), inutilizando a rede móvel na região.
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