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Chile resiste: concentração solidária com a luta do povo chileno em Lisboa

Convocada por cidadãos chilenos a viver em Portugal, a concentração solidária marcou presença no Largo Camões em Lisboa. Pretendia “acompanhar a luta do povo chileno”.
No manifesto de convocatória, considerava-se a situação no país como “muito crítica”, uma vez que “as forças militares e policiais reprimem violentamente as manifestações da população que exige mudanças estruturais para uma melhor qualidade de vida”.
A Associação de Chilenos em Portugal denuncia as mortes e os feridos causados “por agentes do Estado”, as milhares de detenções, entre as quais, segundo o Instituto Nacional de Direitos Humanos 305 são menores. Numero que, dizem, “crescem a cada minuto”.
As organizações que convocaram este ato pensam também que “os meios de comunicação tradicionais continuam numa guerra de desinformação, difundido uma imagem de caos e de descontrolo, que não é reconhecida pela maior parte da população que assiste e participa em protestos e manifestações pacíficas, violentamente reprimidas pelas forças policiais e militares”.
Por isso, saíram à rua para que “a crise do Chile não seja silenciada, nem que a sua imagem internacional seja apenas a dos despojos tristes da resposta a um sistema violento e cruel”.
Os manifestantes procuraram salientar outra imagem do protesto: a luta por direitos “tão básicos como o direito à saúde, à educação e a uma reforma justa”. Uma imagem que tem sido “escondida” de um país em que “a desigualdade, a injustiça e a profunda violência” são a “raiz das políticas públicas do Chile”,
Assim, pretendiam “gritar com força para um oceano, para um continente e para uma cordilheira de distância: Resiste, Chile!”
#ChileSomosTodos #ChileResiste
"Até 24 de outubro, o Instituto Nacional de Direitos Humanos noticiou 5 mortes por agentes do estado, 2840 detenções, das quais 305 são menores, 582 pessoas feridas, das 295 por armas de fogo e 12 queixas de abuso sexual." pic.twitter.com/eO7N0qKzzF— Bruno Góis (@BrunoGois_) 25 de outubro de 2019
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