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Carreira de Técnico Auxiliar de Saúde aprovada, PS foi contra

O projeto de lei do Bloco que aprova a criação desta carreira contou com votos contra do PS e abstenção do CDS e da Iniciativa Liberal. Moisés Ferreira diz que foi um “primeiro passo em direção à justiça”.
Marisa Matias e Moisés Ferreira com Técnicos Auxiliares de Saúde em luta pelo reconhecimento da sua carreira. Foto de Ana Mendes.
Marisa Matias e Moisés Ferreira com Técnicos Auxiliares de Saúde em luta pelo reconhecimento da sua carreira. Foto de Ana Mendes.

Foi esta sexta-feira aprovado na Assembleia da República o projeto de lei apresentado pelo Bloco que cria a carreira de Técnico Auxiliar de Saúde. A proposta contou com o voto contrário do Partido Socialista e com a abstenção do CDS e da Iniciativa Liberal.

Moisés Ferreira, que se encarregou da defesa da iniciativa legislativa, considerou que foi “um primeiro passo em direção à justiça”. O deputado ressalvou ainda que o debate na especialidade “provavelmente será longo, mas o objetivo está mais próximo”. Na mensagem publicada nas redes sociais agradeceu ainda “a estas mulheres e homens que todos os dias fazem o SNS, que são incansáveis e de uma dedicação inexcedível, apesar de não terem carreira e de terem o mais baixo dos salários. Hoje ficamos mais próximos de corrigir essas injustiças”.

Um primeiro passo em direção à justiça! Aprovámos hoje o projeto de lei do Bloco para criar a Carreira de Técnico...

Publicado por Moisés Ferreira em Sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

A proposta de criação da carreira chegou através de uma petição de mais de seis mil pessoas. Vários partidos apoiaram a ideia. Na manhã da discussão e votação dos projetos de lei, alguns dos promotores estiveram em frente ao Parlamento com cartazes que diziam “eu sou TAS”. Moisés Ferreira e a candidata presidencial Marisa Matias foram ao seu encontro, demonstrando solidariedade para com a sua luta.

Técnicos Auxiliares de Saúde em frente ao Parlamento esta sexta-feira, antes de terem visto ser reconhecida a sua carreira. Foto de Ana Mendes.

Durante a defesa da proposta do Bloco, Moisés Ferreira destacou que a pandemia tornou ainda mais evidente a importância destes profissionais de saúde. O seu reconhecimento não se faz “com palavras de circunstância”, “com palmadinhas nas costas que não têm qualquer consequência ou com prémios que excluem mais do que incluem”. Faz-se com “condições de trabalho, com carreiras próprias e com remunerações dignas”.

O deputado acusou o governo de “regatear” nestas condições, denunciando que “quem fica a perder são os profissionais de saúde”. Os técnicos auxiliares de saúde são 30 mil profissionais que não tinham até agora uma carreira própria. Para o Bloco o seu reconhecimento é “uma questão de justiça”, “uma questão legal e uma forma de reforçar o Serviço Nacional de Saúde”.

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