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Petição e marcha contra privatizações na Carris, Metro de Lisboa, Transtejo e Soflusa

A par do lançamento de uma petição na qual defende que “com estas PPP o Estado pagaria mais do que paga hoje, os utentes pagariam mais, os trabalhadores estariam mais precarizados e o serviço de transportes públicos continuaria a perder qualidade e fiabilidade”, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) agendou uma marcha contra a privatização destas empresas para o próximo dia 22 de abril.
Foto de Osvaldo Gago.

“Os últimos cinco anos caracterizaram-se por uma profunda degradação da qualidade e fiabilidade da oferta de transportes públicos, pelo maior aumento de sempre no preço dos transportes públicos e por uma ofensiva brutal contra os trabalhadores e reformados das empresas públicas de transporte. Tudo feito para criar as melhores condições possíveis para privatizar os transportes custasse o que custasse aos trabalhadores, aos utentes e ao próprio país”, defende a Fectrans no texto da petição, disponível para subscrição na internet.

Segundo esta estrutura sindical, “não há máquina de propaganda e de mentiras que consiga esconder estas realidades: com estas PPP o Estado pagaria mais do que paga hoje, os utentes pagariam mais, os trabalhadores estariam mais precarizados e o serviço de transportes públicos continuaria a perder qualidade e fiabilidade”.

A Fectrans defende que “é preciso dizer Basta”. “Queremos uma política de transportes públicos ao serviço do povo e do país! Queremos transportes públicos de qualidade, fiáveis e com preços acessíveis: e para isso já pagamos impostos suficientes. Queremos que se pare a guerra contra os trabalhadores”, avança.

Num encontro de Representantes dos Trabalhadores da carris, Metropolitano de Lisboa, Transtejo e Soflusa, realizado em Lisboa, a 7 de abril, e que foi aberto à participação de comissões de reformados, de autarquias, de movimentos de utentes e cidadãos, foi ainda decidida a realização de uma Marcha Contra a Privatização destas quatro empresas.

A iniciativa terá lugar no dia 22 de abril, pelas 10h, com início no Cais do Sodré.

Na convocatória da iniciativa, é sublinhada a importância da mobilização contra as privatizações, graças à qual “o Governo chega ao final do seu mandato sem as condições que desejava para a privatização, obrigado a lançar o processo de forma atabalhoada e enfrentando a oposição de quase tudo e quase todos, nomeadamente dos trabalhadores, dos utentes e das autarquias”.

É ainda feito um apelo “aos Utentes, às populações e às Autarquias para uma crescente intervenção na defesa dos transportes públicos, pela urgente interrupção desta política e a reversão das medidas impostas nos últimos anos aos transportes públicos, que degradaram a oferta e a fiabilidade do sistema, e ainda aumentaram brutalmente os preços aos utentes”.

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Neste dossier:

Privatização dos transportes públicos: Um assalto ao país

Por forma a prosseguir na sua sanha privatizadora, o Governo tem vindo a apostar na degradação dos transportes públicos, seguindo uma política de desinvestimento e desorçamentação para poder vender a preço de saldo e garantir grandes lucros para os privados. A seis meses do fim do mandato, a maioria de direita acelera todos os processos de alienação de setores estratégicos, essenciais para o desenvolvimento do país, e promove uma ofensiva brutal contra os trabalhadores. Dossier coordenado por Mariana Carneiro.

STCP: Parar a privatização, salvar o transporte público!

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O Bloco e a defesa da Carris e Metro de Lisboa

O Bloco tem mantido, desde a primeira hora, toda a coerência na defesa das empresas públicas de transportes de Lisboa, Carris e Metro. Fomos, aliás, o único partido político que defendeu no seu programa eleitoral, para as eleições autárquicas em Lisboa em 2013, “um modelo de empresa pública com participação mista do Estado e do município de Lisboa”. Por Ricardo Robles.

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"Rejeitamos a política do excel e do negócio"

Defendendo contas equilibradas - não esquecemos os custos sociais, económicos e ambientais da degradação dos transportes públicos. Por Mariana Mortágua.

TAP: O privado é tão melhor!

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“Existe uma vontade política de privatizar a TAP e todas as desculpas são boas”

Em entrevista ao Esquerda.net, o cineasta António-Pedro Vasconcelos, promotor do movimento Não TAP os Olhos, desmonta os “argumentos falaciosos” do Governo para “vender rapidamente e ao desbarato” a empresa, refere as razões pelas quais considera que a transportadora aérea portuguesa é “um instrumento estratégico fundamental” para o país e assinala que a adesão à luta contra a privatização da TAP “é quase espontânea” e “a indignação é geral”.

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Com a contagem decrescente para o fim de mandato desde o início do ano, o Governo acelerou todos os processos de privatizações nos transportes. O objetivo é claro: entregar aos privados todo o serviço público passível de gerar lucro. Liquidação total, de preferência ao preço da uva mijona. Por Ricardo Robles e Heitor de Sousa.

Sérgio Monteiro: O “Senhor Privatizações”

Na qualidade de administrador do banco de investimento da CGD - Caixa BI, passaram pelas suas mãos quase todos as parcerias público-privadas ruinosas contratualizadas em Portugal nos últimos anos. Mais tarde, Sérgio Monteiro veio a renegociar para o Estado essas mesmas PPP. Enquanto Secretário de Estado esteve envolvido em várias privatizações promovidas pelo Governo: ANA, CTT, TAP e CP Carga.

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Segurança, qualidade, fiabilidade, postos de trabalho, direitos dos trabalhadores, interesse nacional, nada disso interessa, é a agenda privatizadora do governo PSD/CDS-PP. Por António Gomes.