A Associação Água Pública publicou no dia 27 de Maio um apelo aos eleitores, onde destaca que “a privatização da água, toda a água, é um plano comum ao PS, PSD e CDS, há longo tempo acalentado e prosseguido pelos mesmos três partidos que agora assinam em conjunto o acordo com a 'troika'”.
A associação lembra que a privatização do grupo "Águas de Portugal" (AdP) já constava em 2004 de uma Resolução de Conselho de Ministros do governo PSD/CDS” e que “em 2008 o governo PS iniciou na prática, privatizando as dez empresas concessionárias de serviços de águas incluídas na Aquapor”.
A Água Públicasalienta que os planos de PSD, CDS e PS vão actualmente “em contracorrente com a tendência de reversão das privatizações da água que se verifica por todo o mundo por exigência das populações”. A associação sublinha “as remunicipalizações na Grã-Bretanha, França, Alemanha e Itália e nova legislação para assegurar a água pública na Holanda, no Uruguai e na Bolívia”.
Noutros textos deste dossier abordamos a remunicipalização das águas em França e os dois referendos em Itália, que terão lugar a 12 e 13 de Junho, depois de uma extraordinária campanha cidadã em defesa da água pública, que recolheu mais de 1.400.000 assinaturas.
A Água Pública divulgou também um importante comunicado com o título Sobre o programa conjunto do PSD, PS e CDS para privatização da água, onde faz uma breve resenha histórica das medidas privatizadoras dos Governos de PSD, CDS e PS e a defesa da água pública em Portugal.
A associação lembra ainda que no nosso país há oposição à privatização da água e realça que “nas eleições legislativas cada voto irá dar um poder de privatização ou dará um poder de defesa do bem comum”.
