Quero agradecer à Mariana Mortágua, à Sofia Aparício, ao Miguel Duarte, ao Diogo Chaves e aos 500 participantes na flotilha humanitária a sua atitude corajosa e clarificadora.
Devemos talvez, nesta situação grave, procurar com lucidez e coragem reinventar o antifascismo. Ou seja, promover uma solução à esquerda, plural, que una tudo o que pode ser junto.
Correr o risco de transformar os locais simbólicos do salazarismo em altares de romaria nostálgica sob o pretexto de os “interpretar”, parece-me totalmente fora de propósito.
A efeméride da libertação de Auschwitz foi transformada num puro ato de propaganda legitimadora do genocídio palestiniano e de apelo ao silenciamento de quem o denuncia.
Durante a inauguração do Museu Nacional Resistência e Liberdade na Fortaleza de Peniche, o historiador lembrou o papel de António Spínola como chefe da organização terrorista MDLP e a oposição deste ao fim da polícia política e à libertação dos presos políticos.
Resistir e derrotar as ameaças da direita e da extrema direita tendencialmente aliadas só pode significar uma profunda alteração democrática da política, da economia e da sociedade portuguesa. Por Fernando Rosas.