António Soares

António Soares

Geógrafo e deputado municipal do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal de Santo Tirso

É esta a estratégia do PS, sempre foi, desde o primeiro dia: silenciar a oposição democraticamente eleita através de esquemas camuflados de tecnocracia e papelada. É vencer pelo cansaço.

O ordenamento do território não são meras decisões técnicas, como muitas vezes querem fazer parecer os nossos autarcas e governantes. O ordenamento do território é ideológico. Define como serão organizados os espaços dos nossos municípios e quem os ocupa.

Celebramos os 50 anos da Revolução dos Cravos no ano em que votamos também uma nova composição para o Parlamento Europeu. Este é o único órgão da União Europeia para o qual podemos eleger uma voz alheia aos interesses económicos.

Rui Moreira governa há três mandatos e as suas políticas de perseguição às pessoas em situação de sem-abrigo ou a expulsão de pessoas da cidade numa substituição deliberada da população residente por população flutuante, são apanágio dos seus executivos.

Corria o ano de 2009 quando as rendas e as taxas Euribor faziam tremer os bolsos das famílias e alertavam para um empobrecimento generalizado da classe trabalhadora. Passados 13 anos, a história parece ser a mesma, a crise volta a ser uma sequela do capitalismo.

A Agenda para o desenvolvimento sustentável da ONU 2030 (ODS) propõe diversos objetivos que, no panorama atual, são impensáveis de atingir. O acordo dos ODS em 2015 ficará para história, mas como um fracasso.

A reflexão sobre os boicotes não se prende em boicotar marcas individualmente, mas o sistema capitalista como um todo. Caso contrário, apenas estaremos a empurrar com a barriga os problemas sem nunca encontrar uma solução eficaz e duradoura.

Nos dias que correm, a urgência das lutas que temos de enfrentar necessitam, acima de tudo, de ser agregadoras de novas maiorias sociais. Para isso, impera efetuar uma análise muito mais abrangente das conquistas até aqui conseguidas. Artigo de António Soares.