Álvaro Arranja

Álvaro Arranja

Professor e historiador.


A derrota do golpe contra o 25 de Abril, em 11 de Março de 1975, permitiu a consolidação do processo revolucionário que, com todas as suas contradições, foi fundador do regime democrático consagrado na Constituição de 1976.

A eliminação física do principal inimigo da ditadura foi uma decisão tomada ao mais alto nível. Desde 1958 que Humberto Delgado era o inimigo número um de Salazar, protagonizando uma incansável luta pelo fim da ditadura. Delgado e Arajaryr Campos foram assassinados a 13 de fevereiro de 1965.

Em 1936, face ao avanço da extrema-direita em França, apoiada pelos nazis alemães e fascistas italianos, os partidos de esquerda , os sindicatos e outros movimentos sociais constituem a Frente Popular, derrotando nas urnas o avanço do fascismo e deixando um legado histórico que continua a inspirar a esquerda de hoje.

Quem defende a suspensão do financiamento da ajuda humanitária da ONU, é cumplice das políticas de Netanyahu e da extrema-direita israelita de aniquilamento e expulsão dos palestinianos de Gaza e, também, da Cisjordânia.

Que haja portugueses a apoiar o discurso nacionalista castelhanista/espanholista é algo de muito estranho. Esta direita portuguesa estaria certamente a apoiar Miguel de Vasconcelos…

Na margem sul do Tejo (sobretudo em Almada, Barreiro, Moita e Setúbal) o advento do novo regime assumiu o carácter de uma verdadeira revolução popular, proclamando a República antes do seu triunfo definitivo na capital. Por Álvaro Arranja.

Por singular coincidência, no dia 25 de Abril, em Itália, comemora-se o derrube definitivo do fascismo de Mussolini, em 1945. Por isso, na imprensa italiana de 26 de Abril de 1974, surge uma inevitável ligação entre os dois acontecimentos. Por Álvaro Arranja.

Um dos primeiros momentos das lutas sindicais no feminino em Portugal ocorreu em março de 1911, quando uma greve das conserveiras de Setúbal leva à morte de uma operária, Mariana Torres, em confronto com a recém-criada Guarda Republicana. Por Álvaro Arranja.

A Internacional é um poema escrito em 1871 por Eugène Pottier, operário e poeta, participante destacado na Comuna de Paris. Só em 1888, Pierre Degeyter compõe a música do hino que se tornará símbolo universal das lutas dos trabalhadores. Em Portugal foi traduzido em 1909, pelo anarcosindicalista Neno Vasco. Por Álvaro Arranja.

Louise Michel foi uma das figuras-chave da Comuna de Paris, esses 72 dias de revolução, de poder do povo e de verdadeira democracia, reprimida com sangue pela oligarquia. No livro “Mémoires”, dá o seu testemunho de lutadora incansável pelas causas emancipatórias do seu tempo. Por Álvaro Arranja.