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“Vejo com desconfiança esta antecipação da injeção” no Novo Banco

O CEO do Novo Banco anunciou que a instituição vai pedir mais dinheiro ao Fundo de Resolução, justificando com a covid-19. Mariana Mortágua afirma que"é muito óbvio que a Lone Star está a esgotar a garantia pública o mais rápido que pode para recapitalizar o banco às custas do Estado".
Mariana Mortágua salienta que "é muito óbvio que a Lone Star está a esgotar a garantia pública o mais rápido que pode para recapitalizar o banco às custas do Estado".
Mariana Mortágua salienta que "é muito óbvio que a Lone Star está a esgotar a garantia pública o mais rápido que pode para recapitalizar o banco às custas do Estado".

Em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena Um, António Ramalho, presidente executivo do Novo Banco revelou que a instituição vai pedir mais dinheiro emprestado ao Fundo de Resolução, justificando o pedido com a crise da pandemia.

Entrevistada pela TSF, a deputada bloquista Mariana Mortágua diz que o CEO do Novo Banco está a antecipar a necessidade de injeção de capital, utilizando como "justificação a crise da Covid", mas considera que o pedido iria acontecer mesmo sem pandemia.

"Essa justificação, neste momento, acho difícil de avaliar, porque os créditos que estão em dificuldade, à partida, deveriam ter podido aceder a uma moratória, portanto, não há razão para haver um registo de prejuízos superiores àquilo que seria esperado. Não encontramos em mais nenhum banco uma declaração de cuidado especial devido a esta crise. Por isso, devo dizer que vejo com alguma desconfiança esta antecipação da injeção já por conta dos resultados da crise da covid", afirma a deputada bloquista.

Note-se que o Novo Banco já recebeu este ano 1037 milhões de euros do Fundo de Resolução e, que no total foram já cerca de 2,9 mil milhões.

Mariana Mortágua salienta que "é muito óbvio que a Lone Star está a esgotar a garantia pública o mais rápido que pode para recapitalizar o banco às custas do Estado".

E, por isso, insiste na auditoria: "Este novo pedido vem reforçar essa ideia, mas também vem reforçar uma ideia que também me parece que ficou clara desde a última polémica entre o ex-ministro das Finanças e o primeiro-ministro: não pode haver mais dinheiro para o Novo Banco sem que se conheçam as contas", sublinha Mariana Mortágua.

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