Num comunicado lançado hoje, o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local exige medidas para a prevenção dos riscos profissionais associados ao aumento das temperaturas.
O STAL recorda que a situação se tem agravados “nos últimos anos, acentuada pelas alterações climáticas, com períodos de calor extremo cada vez mais frequentes e prolongados, o que tem graves impactos no bem-estar e na saúde humana, dificulta ainda mais o trabalho e agrava os riscos para a segurança de milhares de trabalhadores”.
Salienta-se que muitos dos trabalhadores deste setor, que abrange os trabalhadores das autarquias, mas também outros serviços e empresas públicas e privadas, “exercem a sua atividade no exterior, em estaleiros ou em armazéns, entre outras instalações” e “estão especialmente suscetíveis à exposição a temperaturas elevadas ou a exposição solar direta”. E que o risco térmico “tem graves consequências” como “insolações, exaustão, ruturas musculares, desmaios, cãibras, erupções cutâneas e inchaços” e, a longo prazo, “a exposição a temperaturas elevadas é responsável por danos cardíacos, renais e hepáticos, exaustão crónica, distúrbios de sono, suscetibilidade a ferimentos, infertilidade temporária e o agravamento de patologias existentes”.
Assim, lança-se o repto às autarquias e às empresas municipais ou concessionárias para que “encontrem soluções organizativas e medidas de proteção coletiva e individual que salvaguardem a saúde dos trabalhadores”, entre as quais: a criação de planos de prevenção de calor, a disponibilização de água fresca potável no local de trabalho, a criação de áreas de descanso climatizadas ou sombreadas, a salvaguarda do funcionamento de equipamentos de climatização, a
limitação da exposição à luz solar direta, a adaptação dos processos de trabalho, nomeadamente nas horas de maior calor apenas permitir trabalho em viaturas climatizadas, permitir ritmos de trabalho mais lentos e períodos de recuperação maiores e incluir protetor solar na lista de Equipamentos de Proteção Individual.