Isabel Tavares, coordenadora da coordenadora da direção nacional da FESETE (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis), que representa os setores dos lanifícios, vestuário, calçado e peles, deixou um “sério aviso” ao governo: irá "recorrer a todas as formas de luta no sentido de rechaçar qualquer iniciativa que vise mais ataques aos direitos dos trabalhadores e ao trabalho com direitos".
Segundo explicou, as negociações com as associações de patronato estão bloqueadas e registam-se recuos: "Além de não avançarem, há retrocessos, propostas de retirada de direitos. A questão mais problemática prende-se com os salários". Para mais, os patrões "não querem sair do salário mínimo nacional ou de valores muito lá perto", sendo essa a "principal barreira, associada à falta de condições no local de trabalho, a pressões sem contrapartida, horários desregulados", entre outras questões.
O salário mínimo subiu no início do ano para os 580 euros, e a FESETE avança para que haja um compromisso para os 600. Assim, o “compromisso de intervenção e luta" prevê "esclarecimento, mobilização, envolvimento dos trabalhadores, defesa da contratação coletiva, desenvolver e intensificar a luta nos locais de trabalho, avançar com cadernos reivindicativo nas empresas, combater o assédio moral e a opressão".