Negócios da banca

Bancos portugueses estão a lucrar 560 mil euros por hora

17 de maio 2024 - 11:22

No primeiro trimestre os cinco maiores bancos registaram uma subida de 33% relativamente ao ano passado. A maior parte dos ganhos por causa da diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos.

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Caixa Multibanco.
Caixa Multibanco. Foto de Paulete Matos.

Os cinco maiores bancos que operam no mercado português, BPI, Caixa Geral de Depósitos, Millennium BCP, Novo Banco e Santander, tiveram resultados líquidos no primeiro trimestre deste ano de mais de 1,22 mil milhões de euros. Isto significa que têm estado a faturar 560 mil euros por hora, 13,46 milhões por dia nos últimos três meses. O que é uma subida de 33% face ao mesmo período do ano passado.

De acordo com o Diário de Notícias, foi a CGD quem mais lucrou. O seu resultado líquido consolidado foi de 394 milhões de euros, mais 38% do que nos mesmos meses do ano passado. Segue-se o Santander que faturou 294,4 milhões de euros e foi o que mais cresceu em termos hómologos: 58%. O BCP teve lucros de 234,3 milhões de euros (um crescimento de 8%), o Novo Banco de 180,7 milhões (mais 22%) e o BPI de 121,3 (mais 43%).

A peça jornalística assinala que os lucros se fizeram “sobretudo do lado da margem financeira, isto é, o indicador que tem em conta a diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos”. Os bancos arrecadaram mais 20%, 2,39 mil milhões de euros, relativamente ao ano passado por causa da diferença entre estes juros. Também aqui a CGD lidera com 716 milhões de euros ganhos desta forma (mais 17%), ficando a seguir o Millennium com 696,2 milhões (+5%) , o Santander com 440,6 milhões (mais 65%), o Novobanco com 299 milhões de euros (+21%) e o BPI com 245,6 milhões (+18%).

Por seu turno, as comissões valeram-lhe uma fatia de lucros quase igual ao ano anterior: 608,3 milhões de euros. Aqui fica à frente o BCP (196,4 milhões), depois a Caixa (142 milhões) e o Santander (120,9 milhões).

Em termos de espaços e de trabalhadores as tendências são contrastantes. Os bancos cortaram com 18 espaços físicos mas contrataram mais 376 trabalhadores. Um saldo que se deve sobretudo à Caixa que contratou mais 458 trabalhadores e ao Novo Banco com 122. Também o BCP tem um saldo positivo neste aspeto, de apenas quatro trabalhadores. Em sentido contrário, BPI cortou 111 empregos neste período e Santander 97.

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