Reforço do Bloco é o caminho para recuperar direitos do trabalho

26 de janeiro 2022 - 13:15

Em Famalicão, Catarina relembrou os 800 mil trabalhadores por turnos que “esperam há dois anos medidas de proteção” da sua saúde e da sua vida pessoal e familiar. Um exemplo dos esquecidos pelo Partido Socialista.

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Catarina Martins na Feira de Famalicão. Foto de Pedro Almeia, esquerda.net

Na feira de Famalicão, a dois dias do final da campanha, Catarina confirmou que “o Bloco de Esquerda está pronto, disponível e determinado a assumir todas as responsabilidades”. E falou sobre os 800 mil trabalhadores por turnos que “esperam há dois anos medidas de proteção” da sua saúde e da sua vida pessoal e familiar.

E este é mais um exemplo das promessas esquecidas do Partido Socialista para com a esquerda. “Por pressão do Bloco, o Governo prometeu estudar essas medidas mas tal estudo não saiu da gaveta. Com o reforço eleitoral do Bloco, o prometido será cumprido: um caminho sólido de recuperação dos direitos do trabalho”.

O Partido Socialista “fez uma birra para tentar uma maioria absoluta mas esse cenário está afastado”. Por isso, “o que estamos a decidir nestas eleições é que contrato queremos para o país no dia seguinte”. E, “para que o contrato seja à esquerda, a força que o determina é o Bloco de Esquerda como terceira força política do país”.

“Não podemos continuar a esquecer os problemas do país. E sabemos que a direita não tem nenhuma solução. A direita acrescenta problemas aos problemas”. E revelou os gatos escondidos de Rui Rio.

“Rui Rio quer nivelar os salários por baixo. Os salários médios em Portugal não chegam e têm de subir. Com as pensões, quer entregar as contribuições às seguradoras, como aconteceu nos Estados Unidos da América, e que levou a que os pensionistas perdessem todo o seu dinheiro”. E face às clarificações de Rio sobre aplicar apenas “uma pequena parte” das contribuições para as seguradoras, Catarina questiona: “Mas algum pensionistas quer perder parte da sua pensão? O problema das pensões em Portugal é que são pequenas demais”.

Rui Rio sabe que não há maioria popular em Portugal que vote num programa que ataca as pensões, os salários, a Saúde e a escola pública. Por isso, regista Catarina, Rio “prefere falar do gato". Mas as eleições “merecem respeito pelos eleitores”.

“Só a força do Bloco de Esquerda é que pode ser condição para que, no dia seguinte às eleições, haja um acordo por quem trabalha. Pelos serviços públicos fundamentais, que façam que se cumpra o que se promete a quem trabalha e trabalhou toda uma vida. A quem precisa de apoio. Que haja decisões concretas para que o acesso à Saúde seja uma realidade e para que a escola funcione”.

O entendimento “depende da força que tiver o Bloco de Esquerda”. “É verdade que o Partido Socialista não tem clareza. E serão por isso as urnas e o voto das pessoas que irá garantir essa clareza”.

“A direita é a representante dos grandes hospitais privados. É a representante de quem quer privatizar as pensões, um pilar do Estado Social. Quem não quer a direita no governo sabe que é no Bloco de Esquerda que tem de votar”.

O resultado do Bloco como terceira força política “vai ser o resultado mais importante para determinar se há acordo e que acordo pode haver à esquerda. O Bloco de Esquerda vai ser essa garantia de um contrato pelos salários, pelas pensões, a Saúde e a escola pública”, concluiu.