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Receitas da Altice crescem, trabalhadores com aumentos “abaixo do necessário”

A Altice Portugal comunicou um aumento de receitas no primeiro semestre do ano. A Comissão de Trabalhadores diz que “aos trabalhadores não chegam nem chegaram os reflexos dos resultados alcançados”.
Edifício da Altice em Lisboa. Fotografia: Comissão de Trabalhadores da Meo.
Edifício da Altice em Lisboa. Fotografia: Comissão de Trabalhadores da Meo.

A Comissão de Trabalhadores da Meo considerou esta segunda-feira que os “aumentos entre 2% e 3,5%” que os trabalhadores tiveram ao nível salarial são “abaixo do necessário e justo” e não refletem o crescimento de 13% nas receitas que a Altice Portugal obteve no primeiro semestre do ano.

Em comunicado, consideram “as variações percentuais” das receitas da empresa como “bastante positivas e satisfatórias”. Só que “aos trabalhadores não chegam nem chegaram os reflexos dos resultados alcançados”.

A tomada de posição da estrutura representativa dos trabalhadores foi feita depois de ter sido conhecido que a Altice Portugal faturou 1.417 milhões de euros no primeiro semestre do ano e que,

no segundo trimestre, as suas receitas subiram 11,8% face a igual período do ano passado, tendo sido de 718 milhões de euros.

A CT da Meo tomou ainda posição sobre a Operação Picoas, a investigação que passou por buscas na sede da empresa e levou a várias detenções, algumas de responsáveis desta, informando que pediu esclarecimentos sobre que empresas de autoria externas iam ser contratadas para fazer a investigação ao sucedido dentro da empresa. As suas questões não foram respondidas “pelo que estão a ser encetadas diligências para formalizar uma exposição à DGERT [Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho] e uma queixa na ACT [Autoridade para as Condições do Trabalho], uma vez que a administração da Meo continua a sonegar à CT o que tem direito por lei”, referindo-se ao direito à informação.

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